Crianças criadas no campo são mais resistentes a alergias
A asma e as alergias respiratórias são menos comuns entre as crianças que crescem junto ao campo do que entre as que passam a infância em ambientes urbanos.
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Um recente estudo publicado na Science revela que as crianças que crescem no campo sofrem menos de alergias respiratórias ou asma do que aquelas que são educadas em ambientes urbanos.
Depois de uma série de testes feitos em ratos de laboratório, os cientistas detetaram que a exposição a endotoxinas – fragmentos de bactérias mortas presentes na poeira do campo e no estrume – protegem as vias respiratórias, tornando-as mais resistentes a possíveis alergias ou asma.
Em causa, está o desenvolvimento de uma molécula do tecido pulmonar, a A20, que desempenha um papel importante na regulação das respostas imunitárias nas células que foram expostas à endotoxina. Esta conclusão chegou depois de terem sido desenvolvidos ratos sem esta molécula e que, mais tarde, se mostraram menos capazes de resistir ao impacto da exposição a estes fragmentos de bactérias mortas.
Conta a Science que esta investigação da Universidade de Ghent, na Bélgica, quis ir mais longe e detetar o verdadeiro impacto que os resultados obtidos nos ratos teriam em crianças.
Para tal, foram analisadas 1.700 crianças, entre os 6 e os 12 anos e que habitavam em campos na Europa, e avaliada a presença ou ausência da molécula A20, fundamental para imunidade. O resultado final revelou que a ‘sujidade’ do ar do campo é fundamental para o desenvolvimento de uma molécula A20 e proteção das vias respiratórias, tornando-as mais resistentes a possíveis alergias ou asma.
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