Refere a Lusíadas Saúde, através de comunicado enviado às redações, que o vício das tecnologias pode tornar-se numa perturbação mental.
“A maior parte das pessoas, mesmo que faça uso da tecnologia durante horas excessivas ainda não o entende como uma adição até porque é um vício muito aceite e integrado na nossa sociedade”, explica Alexandra Rosa, psicóloga no Hospital Lusíadas Lisboa.
O domínio das tecnologias na vida das pessoas está, inclusive, a levar a Associação Americana de Psiquiatria a ponderar introduzir a Perturbação de Uso da Internet no próximo manual de Perturbações Mentais.
Um dos argumentos utilizados diz respeito ao facto de as alterações verificadas nas ligações neuronais que ocorrem nos centros de atenção, controlo e processamento de emoções serem semelhantes às presentes em dependentes de droga.
“Ao contrário do que se poderia pensar, os iPhones ou as agendas eletrónicas são prejudiciais à nossa memória. Os alertas são apenas uma lembrança do momento. Digo sempre aos meus pacientes para não deitarem fora a velha agenda de papel e para comprarem uma todos os anos. A visualização e o treino de outros aspetos da memória são muito importantes, até porque a tecnologia também falha”, acrescenta a especialista.