Criadores do Portugal Fashion apontam ao mercado alemão
A estreia do Portugal Fashion hoje na Alemanha ficou marcada pelos primeiros coordenados totalmente unissexo de Hugo Costa e pela coleção resort inaugural de Daniela Barros, sendo Susana Bettencourt a terceira das jovens designers a lançar-se no mercado germânico.
© Reuters
Lifestyle Moda
Portugal foi hoje o país convidado para a abertura do Potsdam Now, uma marca da Berlin Fashion Week, e para além da promoção do turismo nacional antes dos desfiles, três jovens criadores do Portugal Fashion apresentaram as suas propostas para a próxima estação quente.
Depois dos desfiles de hoje, Hugo Costa, Daniela Barros e Susana Bettencourt integram um showroom, na terça e na quarta-feira, no âmbito da iniciativa de moda, no qual terão oportunidade para contactar e mostrar as suas peças a compradores e à imprensa especializada do setor.
À imprensa nacional, Hugo Costa explicou que trouxe a Berlim a sua primeira coleção totalmente unissexo, apesar de a ideia inicial ser apresentar só coordenados masculinos.
"Este conceito unissexo que a marca tem é cada vez mais latente e decidimos fazer isso também aqui apesar de ser algo que queríamos guardar para Portugal", confidenciou, explicando que "todo o 'fitting' da coleção foi experimentado quer em homem, quer em mulher ao longo de todo o processo".
Para o criador português, o mercado alemão - onde já tem uma representação de calçado - é o seu "mercado tipo", que procura a estética que desenvolve, sendo este "o sítio certo para apresentar, pode ser um mercado piloto" desta aposta "no 'gender'".
A segunda 'designer' a mostrar a moda nacional na 'passerelle' alemã foi Daniela Barros, que se estreou com uma coleção resort, apresentação que se seguiu à exibição, em vídeo, dos coordenados que já tinha levado a Londres para o próximo outono/inverno.
"O mercado alemão de alguma forma tem uma cultura bastante diversificada e as linhas mais nórdicas influenciam os alemães. Sendo o meu trabalho um bocadinho mais depurado a nível gráfico, mais trabalhado a nível de construção, acaba por entrar no mercado alemão", comparou.
Daniela Barros explicou que coleção foi "criada com o mercado alemão em mente", podendo "generalizar para o mercado nórdico e também a pensar no mercado de Nova Iorque", acrescentando que "como é uma coleção 'resort' acaba por ser uma coleção com um cariz comercial maior".
Susana Bettencourt foi a última criadora a subir à passerelle do Potsdam Now, descrevendo aos jornalistas que com esta coleção estudou "como é que a mesma imagem, a mesma inspiração depois pode ser expressada de várias maneiras diferentes".
"'Ways of Seeing'" foi o primeiro livro que eu li quando fui para a faculdade, para abrir a minha mente", recordou, enfatizando que "é o início de um novo ciclo", da próxima história, que habitualmente conta em três ou quatro coleções.
A jovem 'designer' confessou que mudou "um bocadinho esta coleção" e que está a "usar coisas novas", admitindo que está a sair da "zona de conforto e a tentar surpreender".
"[Uso] tecnologia mas que é tão demorada, tão pormenorizada, tão detalhada, tal e qual qualquer trabalho de mão é. Estou a usar a tecnologia para a transformar a roupa ainda mais especial, ainda mais maravilhosa", descreveu.
A 'designer' disse aos jornalistas que pensou "muito na coleção para o mercado alemão", sabendo que em termos de cores este mercado é menos corajoso do que o latino.
"Tentei adaptar-me um bocadinho. Eu quero, acima de tudo, que seja memorável e que eles não se consigam esquecer", concluiu.
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