As petrolíferas a operar em Portugal terão de aumentar as reservas próprias de petróleo e produtos petrolíferos para compensar a venda dos excedentes da Egrep, com o objectivo de financiar o vencimento antecipado de um contrato de gestão de risco financeiro (swap).
A factura, no valor de 122 milhões de euros, resultou do cancelamento deste swap com o JP Morgan, no âmbito da renegociação dos swaps de alto risco das empresas públicas.
O jornal i explica que a Egrep tem de assegurar um terço das reservas estratégicas de petróleo e produtos refinados de Portugal, de 90 dias, recebendo uma comissão das petrolíferas para constituir estas reservas.
Nos últimos anos, as reservas da Egrep ultrapassaram o limite de um terço em vários dias, uma folga que permitiu às petrolíferas reduzirem as reservas próprias e os custos associados, porque era mais vantajoso pagar a comissão à Egrep.
Contudo, com a venda do excedente da Egrep, as petrolíferas vão ter de investir mais na compra de produtos petrolíferos e suportar os custos de capital, custos operacionais e de armazenagem associados a uma maior quantidade de reservas, como explicou ao jornal i o secretário-geral da APETRO (Associação Portuguesa das Empresas Petrolíferas).