Um euro de corte nos gastos públicos pode tirar dois ao PIB

Segundo um estudo realizado por quatro economistas do Banco Central Português, e publicado esta sexta-feira pelo Jornal de Negócios, a austeridade portuguesa penaliza mais do que se esperava, sendo que se chega a atingir o dobro do estimado para o efeito recessivo dos cortes.

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Notícias Ao Minuto
05/07/2013 08:12 ‧ 05/07/2013 por Notícias Ao Minuto

Economia

Estudo

Um euro de corte nos gastos públicos para reduzir o défice, poderá tirar dois euros ao Produto Interno Bruto (PIB) português, avança o Jornal de Negócios de hoje, que cita um estudo realizado entre 2011 e 2013, por Gabriela Castro, Ricardo Félix, Paulo Júlio e José Maria, quatro economistas do Banco Central Português.

De acordo com o mesmo estudo, este valor é o dobro do que se estimava para o efeito recessivo da austeridade, já que se antes da crise rondava os 0,5 pontos.

Estes multiplicadores orçamentais, no primeiro ano, variam entre os 1,2 pontos, nas transferências monetárias do Estado, e os 2 pontos, nos cortes dos consumos do Estado.

No caso dos impostos sobre o consumo ou sobre o trabalho, cada euro de aumento de impostos corresponde entre 70 a 80 cêntimos do crescimento económico português.

Os valores, referidos pelo mesmo estudo intitulado 'Fiscal multipliers in a small euro area economy: how big can they get in crisis time', têm em conta a economia portuguesa, e são superiores aos 0,8 pontos previstos pelo ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que segundo o mesmo, estavam implícitos nos modelos que a Comissão Europeia e o Governo usaram no caso português.

No entanto, vão de encontro ao que tinha sido estimado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que, em 2012, sublinhava que os multiplicadores orçamentais, no âmbito da crise europeia, estavam subestimados.

Os números são justificados pelo facto de o número de famílias que têm dinheiro apenas destinado à sobrevivência estar a aumentar, o que significa que reagem mais à austeridade por incapacidade de acomodarem as perdas de rendimento, e ainda pela falta de ajustamento nominal nos preços e salários, acrescenta o jornal.

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