Ambientalistas desiludidos com nova PAC
Quatro organizações ambientalistas criticaram hoje o acordo relativo à reforma da Política Agrícola Comum, por ter ficado aquém das promessas de uma agricultura mais sustentável e favorecer “os interesses ligados à agricultura intensiva”.
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Economia Agricultura
O acordo entre os ministros da Agricultura da União Europeia (UE) alcançado na semana passada, em Bruxelas, “representa a incapacidade dos decisores políticos europeus para cumprir as suas promessas de uma agricultura mais sustentável”, defendem a Quercus, a Liga para a Proteção da Natureza (LPN), a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a Agrobio, num comunicado conjunto.
Para os ambientalistas, “o resultado é uma política agrícola que vai continuar a poluir os solos, a consumir demasiada água, a prejudicar a biodiversidade e a provocar o abandono dos meios rurais”.
Entre as medidas que ficaram aquém do que se esperava encontra-se a introdução de áreas de foco ambiental (EFA), que tinham “potencial para garantir espaço para a natureza nos meios agrícolas da Europa”, mas cuja área mínima foi fixada “num valor muito baixo (5% das explorações agrícolas).
Além disso, “os decisores expandiram a lista de tipos de uso do solo elegíveis para cultivos que não são benéficos para a biodiversidade e isentaram muitos agricultores desta obrigação”, adiantam num comunicado.
Lembrando que os Estados-membros têm flexibilidade para implementar o novo regulamento, os ambientalistas pedem ao Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT) que “não aplique todo o dinheiro nos regadios do Alqueva e na agricultura intensiva” e “guarde uma grande fatia para apoiar os modos de produção sustentável e a Rede Natura 2000”.
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