Quem diz (afinal) a verdade sobre os 'swaps'?

Os contratos tóxicos das empresas públicas tornaram ainda mais tóxica a relação entre o actual Governo e o antecessor. Depois de Maria Luís Albuquerque ter dito que ninguém do Executivo de Sócrates teria prestado informação sobre os ‘swap’, Teixeira dos Santos, ministro das Finanças de então, assegura que revelou tudo a Vítor Gaspar, enquanto este alega que a informação dada não foi “suficiente”. Afinal quem tem razão?

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Notícias Ao Minuto
01/07/2013 09:05 ‧ 01/07/2013 por Notícias Ao Minuto

Economia

Contratos tóxicos

O ‘passa-culpas’ teve o seu momento alto este fim-de-semana, depois de o Ministério de Vítor Gaspar ter enviado à agência Lusa um comunicado que dava conta da reunião, a 18 de Junho, com Teixeira dos Santos, mas alegando que as informações fornecidas pelo ex-ministro das Finanças foram “insuficientes”, escreve o Jornal de Notícias.

A resposta de Gaspar vem no seguimento das declarações de Teixeira dos Santos, ministro das Finanças do governo de Sócrates, proferidas no passado sábado, quando afirmou ter fornecido a Gaspar “toda a informação necessária” relativa ao contratos ‘swap’. Declarações essas que, por sua vez, refutaram aquilo que a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, afirmara na última audição parlamentar, na qual defendeu que não chegou ao Governo de Passos Coelho qualquer tipo de informação sobre os tais contratos tóxicos das empresas públicas.

Por seu turno, o Ministério de Gaspar enviou à Lusa um comunicado, adiantando que foi o actual ministro das Finanças a solicitar a reunião devido à “preocupação com a grandeza das responsabilidades contingentes com efeito sobre o Orçamento do Estado e com o conhecimento público da existência dessas operações”.

No entanto, Gaspar alega que a informação dada por Teixeira dos Santos limitava-se a aflorar “alguma indicação quanto à dimensão dos riscos orçamentais, mas nada acrescentava sobre as características dos contratos e, sobretudo, não apontava nenhuma solução”, defendendo, deste modo, que a informação revelada “foi insuficiente”.

Os contratos swap celebrados por empresas públicas poderão ter lesado o Estado em mais de três mil milhões de euros.

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