Prestação da casa sobe por culpa dos Estados Unidos
As prestações do crédito à habitação vão começar a subir, depois dos actuais mínimos históricos. De acordo com o Jornal de Negócios, será a Reserva Federal dos Estados Unidos a responsável por este aumento das prestações.
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Economia Crédito
As prestações do crédito da casa vão começar a aumentar, corrigindo dos actuais mínimos históricos, escreve hoje o Jornal de Negócios, que adianta que as famílias com contratos indexados à Euribor a 3 meses, que são revistos no próximo mês, vão sofrer um agravamento da prestação ao banco.
Assim, os portugueses vão começar a sentir já a partir do próximo mês um aumento das despesas com os empréstimos obtidos junto dos bancos, a reflectir a subida recente das taxas Euribor, utilizadas como indexante.
O Jornal de Negócios explica que este movimento de subida se deve à expectativa de redução da liquidez disponível no sistema financeiro, nomeadamente devido à mudança de discurso por parte da Reserva Federal dos EUA, que sinalizou a retirada de estímulos económicos à maior economia do mundo.
Esta inversão reflecte, sobretudo, "a diminuição da liquidez excedentária no sistema bancário", afirmou ao jornal Filipe Garcia, economista da Informação de Mercados Financeiros. Num contexto de "alteração da actuação da Fed", acrescenta Paula Gonçalves Carvalho, economista do BPI.
Miguel Gomes da Silva, director da sala de mercados do Montepio, explica ainda que a retirada de estímulos à economia nos EUA, reduzindo a quantidade de dólares injectados no mercado, está a contagiar a zona euro. "Menos estímulos implicam menor liquidez, logo taxas mais elevadas", afirma.
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