Ao contrário das pretensões de vários países, Portugal incluído, a penalização dos depositantes dos bancos em dificuldade pode ser antecipada. Pelo menos é isso que o Eurogrupo parece querer. Se os países do Norte levarem a sua avante, a responsabilização começa já em 2015, três anos antes do previsto.
O ‘bail-in’ transforma créditos em capital dos bancos em dificuldades, algo que, no limite, pode envolver pessoas com depósitos acima dos 100 mil euros, como aconteceu em Chipre.
Este modelo de resgate tem ganhado várias críticas, principalmente nos países periféricos, com maior risco de precisarem de um resgate, pois receiam os efeitos que este anúncio possa ter nos depósitos bancários.
Portugal até tem sido uma excepção em termos de fuga de depósitos para o exterior, mas autoridades portuguesas estão interessadas em adiar ao máximo a entrada em vigor do ‘bail-in’.
O Eurogrupo reúne-se hoje e da agenda consta o debate e a análise do ponto de situação a Chipre, mas também ao programa grego, com especial atenção às privatizações e à suspensão das estações públicas de televisão e rádio.