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Portugal devia "ponderar baixar salários em troca de acções"

O especialista em economia de Trabalho de Harvard, Richard Freeman, sublinha que a actual situação de desemprego em Portugal “é insustentável”, e propõe, em entrevista ao Jornal de Negócios, “convencer as pessoas a baixar salários em troca de acções das empresas”.

Portugal devia "ponderar baixar salários em troca de acções"
Notícias ao Minuto

09:53 - 11/06/13 por Notícias Ao Minuto

Economia Richard Freeman

O professor e especialista em economia de Trabalho de Harvard, Richard Freeman, propõe desvalorizar a moeda para tentar contornar a actual situação de crise que Portugal está a viver. Além disso, em entrevista ao Jornal de Negócios, diz que a taxa de desemprego é “insustentável”, e propõe “convencer as pessoas a baixar salários em troca de acções das empresas”.

Para o País tentar combater a taxa de desemprego que já se situa nos 18%, Richard Freeman propõe desvalorizar a moeda, dando como exemplo o caso da Argentina.

No início do século a Argentina “desvalorizou a moeda em cerca de dois terços, reestruturou a dívida e conseguiu uma recuperação rápida suportada nas exportações”. O professor de Harvard explica ainda que “o equivalente no mercado de trabalho a uma redução no valor da moeda com efeito nas exportações seria um corte nos salários de 20% ou 30% para toda a gente”.

Questionado sobre o que poderia fazer caso o ministro do Trabalho em Portugal lhe pedisse ajuda para resolver a actual situação de desemprego e sem moeda própria, o especialista comenta, em tom de brincadeira, que a sua primeira reacção seria: “Vou para outro país”.

O professor de Harvard acrescentou ainda, num tom sério, que “esta situação é insustentável. A União Europeia poderia atenuar o problema por considerar que demasiados países não vão aguentar. Nos EUA com uma situação destas teríamos motins na rua”.

Quanto a sugestões de medidas políticas que poderiam ser utilizadas pelo Executivo português, Richard Freeman propõe “convencer as pessoas a baixar salários em troca de acções das empresas”. Isto significaria “salários e custos muito mais baixos e se a empresa tivesse sucesso o lucro seria repartido com os trabalhadores. O trabalhador passaria mesmo a ser dono e teria acesso à estratégia e às contas da empresa”, acrescenta.

O especialista sublinha ainda que esta medida “funciona com algumas empresas, mas fazê-lo a nível nacional seria revolucionário”, frisando: “Não estou a dizer que iria funcionar, mas penso que valeria a pena ponderar”.

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