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Operações na banca ajudam contas externas até fevereiro, FMI penaliza

O reforço do CaixaBank no BPI e o aumento de capital do BCP ajudaram as contas externas de Portugal até fevereiro, que passaram de défice a excedente, apesar de o reembolso antecipado ao FMI realizado ter contribuído negativamente.

Operações na banca ajudam contas externas até fevereiro, FMI penaliza
Notícias ao Minuto

14:23 - 20/04/17 por Lusa

Economia BdP

O Banco de Portugal (BdP) publicou hoje os dados da balança de pagamentos nos dois primeiros meses deste ano, que registou um saldo positivo de 211 milhões de euros, o que compara com um défice de 358 milhões de euros verificado no mesmo período do ano passado.

A justificação apresentada pela instituição liderada por Carlos Costa é "o aumento do investimento de não residentes em bancos residentes", que melhoraram as contas de Portugal com o estrangeiro.

Em causa está, por um lado, a Oferta Pública de Aquisição (OPA) realizada pelo CaixaBank sobre o BPI e, por outro, o aumento de capital feito no BCP, duas operações realizadas em fevereiro e que alavancaram o investimento de não residentes no setor financeiro português.

Em 08 de fevereiro, o grupo financeiro espanhol CaixaBank passou a deter 84,5% dos direitos de voto do banco BPI na sequência da OPA lançada sobre o banco português, num investimento total de 644,5 milhões de euros.

Como o CaixaBank já detinha 45,5% do BPI, com esta oferta, conseguiu adquirir mais 39%, uma vez que houve uma fatia de 15,49% do capital que não foi adquirido em oferta, segundo os resultados oficiais da operação.

No mesmo mês houve um aumento de capital do Banco Comercial Português (BCP), de 1,33 mil milhões de euros, uma operação que permitiu depois ao banco o reembolso total da ajuda estatal de 700 milhões de euros e o reforço dos rácios de capital.

Neste aumento de capital, a chinesa Fosun aproveitou para reforçar a sua posição, ao passo que a Sonangol e a EDP acompanharam a operação e mantiveram as suas participações.

A Fosun, que já detinha 16,7% do capital do BCP desde o final de 2016 e tem autorização do Banco Central Europeu (BCE) para ir até aos 30%, exerceu os seus direitos de subscrição reforçou a sua posição para os 23,92%.

Também a Sonangol, que tinha visto a sua participação no capital do banco português baixar de 17,84% para 14,9% devido ao aumento de capital reservado para a Fosun, acompanhou a operação e reforçou a sua posição ainda que apenas ligeiramente, passando de 14,87% para 15,24%.

O Banco de Portugal indica que, "em sentido contrário", ou seja, com um impacto negativo nas contas externas do país, destaca-se a amortização antecipada do empréstimo contraído no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira junto do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Fevereiro foi também o mês em que o Estado português pagou mais uma parcela de forma antecipada ao FMI, no montante de 1.700 milhões de euros.

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