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Empréstimos escondidos em Moçambique retraíram os investidores

O Banco Mundial considera que a divulgação de empréstimos escondidos em Moçambique potenciou o abrandamento económico do país, diminuiu a confiança dos investidores e desvalorizou significativamente a moeda, fazendo disparar a dívida para 130% do PIB em 2016.

Empréstimos escondidos em Moçambique retraíram os investidores
Notícias ao Minuto

14:01 - 20/04/17 por Lusa

Economia Banco Mundial

"A trajetória de crescimento de Moçambique foi descarrilada pela rápida deterioração do país na posição sobre a dívida, que erodiu a confiança dos investidores, desvalorizou significativamente a moeda local e levou a um aperto da política monetária e orçamental", lê-se no relatório do Banco Mundial sobre 'O Pulsar de África'.

"O recente incumprimento financeiro do Governo e o peso da dívida estão a retrair o investimento", sublinha o relatório, que diz que a dívida do país em função do PIB subiu mais de 60 pontos percentuais em dois anos, passando de 60% do PIB em 2014 para 130% do PIB no ano passado, sendo que a média deste rácio na África subsaariana é de 48% da riqueza de cada país.

No documento, lê-se que o crescimento previsto para as economias da África subsaariana é de 2,6% este ano, uma aceleração face aos valores do ano passado, em que o abrandamento da economia mundial e a descida dos preços das matérias-primas criaram desequilíbrios nas contas públicas dos países mais dependentes dos recursos naturais.

"A recuperação na atividade económica deve continuar em 2018 e 2019, refletindo as melhorias nas condições internas, as subidas dos preços das matérias-primas e a recuperação do crescimento mundial", acrescenta o relatório.

O documento, no entanto, considera que "o ritmo da recuperação é fraco", essencialmente porque as três maiores economias da região (Angola, Nigéria e África do Sul) crescerão apenas ligeiramente, "no seguimento de um forte abrandamento em 2016".

A região, dizem, "está confrontada com uma necessidade urgente de recuperar o fôlego no crescimento e torná-lo mais inclusivo, o que vai requerer profundas reformas para melhorar as instituições para o crescimento do setor privado, desenvolver os mercados de capital locais, melhorar a quantidade e a qualidade das infraestruturas públicas, melhorar a eficiência dos serviços básicos e fortalecer a mobilização dos recursos domésticos".

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