"Reforma do IRC é como construir casa pelo telhado"

A reforma do IRC tem sido ‘vendida’ pelo Governo como uma das fórmulas mágicas para o relançamento da economia nacional. No entanto, especialistas ouvidos pelo Jornal de Negócios acreditam que o optimismo é excessivo.

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Notícias Ao Minuto
28/05/2013 09:07 ‧ 28/05/2013 por Notícias Ao Minuto

Economia

Especialista

Gestores e especialistas em direito fiscal defendem que a reforma do IRC deve ser baseada numa visão integrada e com representatividade partidária do grupo de trabalho, o que não tem acontecido.

Com várias críticas apontadas, os especialistas defendem que não há reformas milagrosas e que há um excesso de optimismo, a opinião dominante é que a casa está a ser construída pelo telhado.

“Temos um problema de falta de coerência em termos de políticas”, afirma a advogada e professora universitária, Clotilde Palma, acrescentando que “faltam orientações sólidas. As pessoas vão a reuniões e não têm orientações, ou então elas são esquizofrénicas. Em temos internos é mau, em termos internacionais é péssimo”.

A mesma opinião tem Abel Ferreira Sequeira, da Associação de Empresas Emitentes de Valores cotados, “falta conhecimento, capacidade e convicção sobre fiscalidade”, diz.

Para a directora adjunta da direcção de assuntos jurídicos da Caixa Geral de Depósitos, Ana Moucho, antes de fazer uma reforma do IRC seria mais importante “tentar olhar para o que existe, dar-lhe coerência e facilitar a tarefa do interprete”.

Já a professora universitária e consultora do FMI, Ana Paula Dourado, lembra que “os nossos constrangimentos [em termos de competitividade] não se encontram nas taxas do IRC”. “Como se faz uma reforma no século XXI sem fazer primeiro um estudo de impacto?”, atira a especialista.

Raquel Saraiva, responsável europeia pela área fiscal da Netjets, defende uma maior representatividade do grupo de trabalho da reforma e crítica o “carácter partidarizado da comissão” presidida por Lobo Xavier, do CDS, cuja gestão foi complementada pela nomeação do vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Miguel Frasquilho.

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