Rescisões custam num ano dobro do que o Estado quer poupar

Com o objectivo de poupar cerca de 400 milhões de euros com remunerações de 30 mil funcionários públicos, as rescisões amigáveis desses contratos vão custar ao Estado perto de 990 milhões de euros, mais de metade do valor que pretendem encaixar com esta medida. Os funcionários que adiram ao plano de rescisões não poderão voltar a trabalhar no Estado.

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Notícias Ao Minuto
06/05/2013 07:44 ‧ 06/05/2013 por Notícias Ao Minuto

Economia

Função Pública

As contas são do Diário de Notícias e mostram que o valor a pagar pelas 30 mil rescisões amigáveis vai fixar-se no dobro daquilo que o Estado pretende poupar com as remunerações, montante estimado em 400 milhões de euros.

Segundo o mesmo jornal, tendo em conta que a remuneração média mensal dos assistentes técnicos e operacionais – as duas secções mais afectadas – corresponde a cerca de 900 euros, que a média de anos de serviço é de 30 anos e que a compensação ficará em 1,25 salários por cada ano de serviço na Função Pública, a rescisão com 30 mil funcionários terá um custo de 990 milhões de euros.

A compensação recebida por cada funcionário vai depender da sua idade e dos anos de casa que tem e terá também em conta o salário e a soma dos suplementos atribuídos de forma permanente e recebidos nos últimos dois anos. Assim sendo, os funcionários com menos de 50 anos receberão 1,5 remunerações mensais por cada ano de trabalho, os trabalhadores que estão entre os 50 e os 54 anos receberão 1,25 e aqueles acima dos 55, mas menos de 59, terão direito à remuneração de um salário por cada ano de trabalho.

A fase de negociação destas rescisões acontecerá ainda este ano e os funcionários que queiram rescindir por vontade própria podem fazê-lo entre 1 de Setembro e 30 de Novembro, de modo a que as rescisões ocorram já em 2014 como previsto pelo Governo.

Já de acordo com o Diário Económico, a proposta do Estado revela que os funcionários que aderirem as rescisões por mútuo acordo não poderão, no futuro, voltar a trabalhar no Estado nem mesmo a recibos verdes, a não ser que estejam abrangidos pelo regime de mobilidade especial e façam cessar o contrato por esta via.

Embora esta medida tenha sido, num primeiro momento, pensada para a Administração Central, poderá também vir a ser implementada nas autarquias, que no total, contam com perto de 91 mil assistentes técnicos e operacionais. Assim, são 213 mil os funcionários em risco de serem afectados pelas rescisões, mas apenas 30 mil serão visados.

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