"Sinto que vamos dar um estoiro com esta austeridade"
Para o antigo ministro das Finanças, Medina Carreira, aplicar a austeridade, nos termos em que tal tem vindo a ser feito "não nos vai trazer futuro satisfatório". "Há que compatibilizar o tempo da austeridade com o da resistência social", sob pena, de que "não reste sociedade", comentou o jurista, no âmbito do formato 'Olhos nos Olhos' da TVI24.
© DR
Economia Medina Carreira
“Sinto que vamos dar um estoiro com esta austeridade”. As palavras pertencem ao antigo responsável pela pasta das Finanças, Medina Carreira, que falava na noite desta segunda-feira, na antena da TVI24. “Em nome da conquista da produtividade, receio que não reste sociedade”, comentou o jurista, até porque, lembrou, “estamos a caminho dos 19% do desemprego”.
Não obstante, salvaguardou o ex-ministro, “temos de suportar a austeridade (…) é uma fatalidade. Esta gente que vem dizer que acaba com a austeridade é pateta”, defendendo, que o tempo de aplicação do memorando deveria ser estendido a seis anos. “Há que compatibilizar o tempo da austeridade com o da resistência social”, sustentou, nesta senda, o jurista.
No entender de Medina Carreira, “o Governo começou a falhar quando começou a fraquejar”, sublinhando, por outro lado, que “a primeira indicação de que isto tinha de falhar” foi dada pelo facto de “os tachos se manterem de pé”.
“Tudo o que o Governo pode fazer é cortar na despesa ou aumentar impostos. Não há outra solução”, assinalou ainda o antigo ministro das Finanças, acrescentando: “Não me admiro nada que entremos numa situação de bloqueio. Não vejo alternativa”.
Seguro de vida: Não está seguro da sua decisão? Transfira o seu seguro de vida e baixe a prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com