Incerteza torna "urgente" constituir Mecanismo de Garantia de Depósitos
A secretária-geral adjunta do PS criticou hoje a existência de "uma incerteza no futuro da regulação da banca" e defendeu o caráter urgente de se completar a constituição do Mecanismo Europeu de Garantia de Depósitos.
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Economia Banca
As posições foram assumidas por Ana Catarina Mendes, número dois da direção dos socialistas, no final de uma conferência promovida pelo PS sobre a banca em Portugal, na qual estiveram presentes, entre outros convidados, os presidentes do BPI, Fernando Ulrich, e da Associação Portuguesa de Bancos, Faria de Oliveira.
"Hoje, a sensação de incerteza no futuro da regulação da banca preocupa muitos dos nossos cidadãos. Estado e privados têm de dar respostas às angústias que assaltam os nossos cidadãos quando há notícias de colapso de bancos", vincou a dirigente socialista.
Neste ponto referente à atual conjuntura financeira europeia e nacional, Ana Catarina Mendes disse ainda que "a economia não pode, não deve, viver do permanente sobressalto sobre a sua possibilidade de se financiar para produzir".
"É óbvio que as respostas não podem ser apenas nacionais, mas cada um tem de fazer o seu papel e fazê-lo bem. Isto implica rigor, transparência, firmeza na supervisão e maior credibilidade das instituições financeiras e do Estado", sustentou.
Sobre a evolução da regulação e reestruturação da banca ao nível europeu, a secretária-geral adjunta do PS classificou como "urgente a constituição da linha de crédito que funcionará como segurança do fundo de resolução".
"E é necessário afirmar com clareza que a União Bancária [na União Europeia] está absolutamente incompleta até que seja constituído o Mecanismo Europeu de Garantia de Depósitos. É fundamental como fator de confiança", advertiu.
Ainda em relação à banca, a dirigente socialista considerou que o PS "defende um setor bancário sólido, assente num modelo sustentável de negócios, que assegure uma rendibilidade justa e equilibrada, mas também um setor bancário que tenha perspetivas de crescimento e que inspire a confiança dos clientes e dos investidores".
Ana Catarina Mendes abriu a sua intervenção apontando que aquela primeira conferência faz parte do processo de preparação do congresso nacional do PS, entre 3 e 5 de junho, em Lisboa.
"Somos o partido que apoia o Governo, mas somos também um partido permanentemente capaz de produzir ideias novas. Só conseguiremos apoiar o Governo se conseguirmos continuar a pensar de modo autónomo sobre os problemas e os desafios do país", referiu a secretária-geral adjunta dos socialistas.
Ana Catarina Mendes, em jeito de conclusão do debate, deixou ainda a ideia de que não é só a banca que precisa de gerar confiança.
"Mas também é importante que os partidos consigam gerar confiança, porque é nos partidos que está a força da democracia", acrescentou.
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