Processo de concentração do setor bancário é "inevitável"
O presidente executivo do BPI considerou hoje "inexorável" que haja concentração no setor bancário, isto num momento em que os bancos se confrontam com baixas rentabilidades e cada vez mais exigências da regulação.
© Global Imagens
Economia Presidentes
"O que está a acontecer no setor bancário - que pela baixa rentabilidade leva a concentração e diminuição do número de concorrentes - é um movimento inexorável, com avanços e recuos, mas é uma resposta às exigências a que o setor está sujeito", afirmou Fernando Ulrich.
O líder do BPI está a participar numa conferência hoje organizada pelo Partido Socialista (PS), em Lisboa, que pretende refletir sobre questões como a concentração bancária ou o financiamento da economia.
Ulrich foi ainda mais longe e disse que o setor bancário pode ficar "parecido com o setor elétrico", com "mais consolidação, mais concorrentes e mais poder de mercado" dos operadores que ficarem.
Em causa nessa similitude que Ulrich antevê está, assim, o número de operadores, tendo em conta a concentração que considera inevitável que aconteça entre bancos, mas também a segurança e solidez do setor bancário.
"Queremos ter um sistema elétrico em que as centrais não expludam, em que a eletricidade chegue às casas", afirmou, referindo que na banca também os clientes querem essas garantias.
Fernando Ulrich lembrou ainda os casos do BPP, BPN, BES e Banif para dizer que "tem de acabar" a sucessão de casos de problemas em bancos.
Sobre a necessidade que os bancos portugueses têm de conseguirem novos investidores, Fernando Ulrich comparou Portugal com a Grécia.
"Se os bancos gregos têm sido capazes de levantar capital, penso que os bancos portugueses também vão ser", afirmou.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com