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"Grande questão é o crescimento", garante a DBRS. E acredita em plano B

Diretor da secção de ratings soberanos da agência canadiana falou com o Economia ao Minuto e revelou mais pormenores sobre a manutenção da nota portuguesa acima do nível de 'lixo'.

"Grande questão é o crescimento", garante a DBRS. E acredita em plano B
Notícias ao Minuto

19:05 - 29/04/16 por Bruno Mourão com Ana Lemos

Economia Rating

Confiantes em relação ao compromisso do Governo em continuar o ajustamento e ao apoio dos parceiros europeus, desconfiados em relação à restante Esquerda parlamentar e ao crescimento. Assim estão os analistas da DBRS, única das quatro grandes agências de rating que considera a dívida portuguesa um investimento credível. 

Em entrevista telefónica com o Economia ao Minuto, o diretor do departamento de ratings soberanos da agência canadiana revelou que a manutenção da nota portuguesa é baseada na confiança de que os gigantes da zona euro não permitirão a queda portuguesa, mesmo em casos de dificuldade permanente de ajustamento. 

"Se não acreditássemos nesse compromisso de união, já teríamos descido o rating português", garante Fergus McCormick, afirmando que acredita numa continuação do programa de compra de ativos do BCE e numa solidez da zona euro. 

A Grécia, vista como um dos maiores riscos da moeda única, também não é um foco de instabilidade. Tudo devido a um fator imprevisto que deverá manter a economia grega nas boas graças da Comissão Europeia. 

"A Grécia teve muta sorte. Tornou-se um país crucial devido à crise dos refugiados e graças a isso, deverá manter o apoio da zona euro", garante o analista da DBRS, ligando o sucesso grego ao português. Com o Brexit a levantar dúvidas sobre o futuro da moeda única, a DBRS está preocupada com a crescente perspetiva de um crescimento anémico, com efeitos contagiosos para a economia portuguesa.

"O crescimento de Espanha, França. Itália, Alemanha e outras grandes economias da zona euro terá obviamente muita influência em portugal, tal como a capacidade de manter o rumo de ajustamento", admite Fergus McCormick, revelando que "foram recebidas garantias do Governo e do IGCP" que o compromisso de controlo do défice e da dívida vão continuar, mas as previsões para a economia nacional ainda são demasiado otimistas. Até porque toda a estratégia assenta no aumeto da produção.

"A grande questão é essa: o crescimento. Será que vaí ser suficiente para apoiar a estratégia orçamental? Nós acreditamos que sim, mas a posibilidade de falhanço está em aberto", admite o analista, antes de admitr que há um fator extra de confiança. "Há uma margem para tomar medidas orçamentas adicionais, e acreditamos que isso irá acontecer", disse, assumindo a confiança na existência de um plano B.

O apoio do Bloco, PEV e PCP a mais austeridade é muito duvidoso a visão da DBRS, mas a vontade do Governo deverá ser suficiente para manter a solidez do plano económico.

Quanto aos problemas da banca, a DBRS assume que são relevantes devido ao impacto das intervenções públicas no sistema financeiro, mas acredita que não são suficientes para ter qualquer impacto negativo no rating portuguêss de longo prazo. 

[Notícia atualizada às 19h30]

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