Meteorologia

  • 27 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 11º MÁX 17º

Economia pode crescer (apenas) 0,3% em 2014

O Banco de Portugal (BdP) espera que a economia cresça apenas 0,3% em 2014 se for considerado um cenário que inclui os cortes na despesa pública já anunciados pelo Governo.

Economia pode crescer (apenas) 0,3% em 2014
Notícias ao Minuto

13:02 - 26/03/13 por Lusa

Economia Banco de Portugal

No Boletim Económico da Primavera, hoje revelado, o Banco de Portugal desenvolveu um cenário com pressupostos orçamentais alternativos para o próximo ano, estimando uma redução da despesa pública de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), que será feita em 50% pelo lado das despesas com pessoal e os restantes 50% pelo lado das pensões.

Nas projecções que o banco central faz são utilizadas as regras do Eurosistema, ou seja, só podem ser consideradas medidas aprovadas e detalhadas com elevada probabilidade de aprovação, mas decidiu construir um cenário alternativo para dar uma ideia do impacto das medidas de corte na despesa que o Governo deverá aplicar.

No documento hoje divulgado, o BdP explica que o cenário calculado “inclui medidas adicionais de consolidação orçamental, em particular para 2014, dada a intenção do Governo português de adoptar um programa abrangente de redução da despesa pública”.

De acordo com esta estimativa, o PIB deverá crescer 0,3% em 2014 (e não os 1,1% previstos, tendo em conta as medidas orçamentais já anunciadas), ou seja, a materialização deste cenário terá um impacto negativo de 0,8% no PIB.

Este cenário é mais negativo que o esperado pelo Governo e pela troika, que a 15 de Março e já contando com estes efeitos, previam um crescimento de 0,6% no próximo ano, ou seja, o dobro do que espera agora o Banco de Portugal.

À luz deste cenário, a procura interna deverá contrair 1,0% (que compara com uma previsão de +1%, considerando as medidas já anunciadas), ao passo que as exportações deverão aumentar 4,5% e a formação bruta de capital fixo deverá crescer 1,4%.

“As medidas de redução da despesa pública consideradas assumem uma virtual estabilização do volume de consumo público em 2014 (ao invés do crescimento de 1,5%)”, lê-se no Boletim Económico da Primavera.

No que diz respeito às componentes da procura interna privada, “o impacto mais significativo das medidas incide sobre as despesas de consumo das famílias, num contexto de redução mais acentuada do rendimento disponível que implica ainda uma recuperação mais lenta do investimento privado, em particular no que respeita à componente residencial”, refere ainda o documento.

Tendo em conta o cenário alternativo, o consumo privado poderá cair 2,0% em 2014 (e não apenas 0,4%), o consumo público poderá subir 0,2% (e não 1,5%) e a formação bruta de capital fixo poderá ser de 1,4% (e não de 1,9%).

Em relação às exportações, o BdP conclui que “o impacto das medidas de redução da despesa pública determina uma ligeira melhoria das condições de competitividade, com impacto limitado no volume de exportações”, que, de acordo com o cenário realizado, poderão crescer 4,5% (contra 4,3% nas previsões atuais).

Já em relação às importações, estas poderão apresentar um crescimento de 1,4% (que compara com 2,7%), contribuindo para um aumento do excedente da balança de bens e serviços de 0,7% do PIB.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório