Alegre compara europeus a "prisioneiros de campos de concentração"
O histórico socialista, Manuel Alegre, dificilmente poderia ser mais duro a medir o pulso à estratégia europeia, sobretudo no que à situação de Chipre diz respeito. Num artigo de opinião que assina esta terça-feira no jornal i, Alegre compara os cipriotas aos “prisioneiros dos campos de concentração”, e acusa a Europa "totaliária" de exterminar um país.
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Economia Crise
“Estamos como aqueles prisioneiros dos campos de concentração que viviam na ilusão de que a vez deles talvez não chegasse enquanto os outros iam sendo encaminhados para as câmaras de gás”. É desta forma que começa o artigo de opinião assinado pelo histórico socialista Manuel Alegre no jornal i, e subordinado ao título “Chipre e nós”.
Alegre estabelece, pois, uma analogia entre os cidadãos cipriotas, a braços com uma crise financeira sem precedentes naquele país, e os prisioneiros dos campos de concentração, alertando que nós, Portugal, não estamos imunes aos efeitos das ‘garras’ dos “donos da Europa”, que “tomam uma decisão e exterminam um país”.
“Ontem foi o Chipre”, prossegue o também poeta, “mas eu já estou a sentir-me condenado. Não consigo deixar de me sentir cipriota”.
Para o socialista, “esta Europa é uma fraude” e “começa a ser uma ameaça de tipo totalitário, com o objectivo de empobrecer e escravizar os países do Sul”.
E, por fim, Alegre lança o alerta: “É conveniente que nos sintamos todos cipriotas. Antes que chegue a nossa vez”.
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