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"A melhor forma do Estado apoiar a economia é pagar as suas dívidas"

O antigo governador do Banco de Portugal, António de Sousa, atira algumas farpas ao Executivo de Pedro Passos Coelho, designadamente no que ao excesso de tributação sobre as empresas diz respeito. Neste contexto, o responsável defende, em entrevista ao Diário Económico, que o memorando de entendimento com a troika deveria contemplar as dívidas das empresas públicas”.

"A melhor forma do Estado apoiar a economia é pagar as suas dívidas"
Notícias ao Minuto

09:22 - 25/03/13 por Notícias Ao Minuto

Economia António de Sousa

“A melhor forma do Estado apoiar a economia é pagar as suas dívidas”. A declaração pertence ao antigo governador do Banco de Portugal, António de Sousa, que, numa entrevista publicada esta segunda-feira no Diário Económico, assinala que “a tributação sobre as empresas é bastante desfavorável, nomeadamente, sobre o capital próprio”. Aliás, acrescenta, “a tributação sobre os capitais próprios é maior do que sobre os capitais alheios”.

Para o responsável, “desde o princípio [que] há alguns aspectos do programa” de ajustamento português que lhe pareceram sempre frágeis. O antigo governador do Banco de Portugal reporta-se, por exemplo, ao facto de as dívidas das empresas públicas não estarem contempladas no memorando de entendimento com a troika, apontando como “outra questão que criou problemas substanciais ao sistema bancário e à sua liquidez (…) os enormes empréstimos das empresas públicas junto do sistema privado”.

No que remete para as normas do Orçamento do Estado para 2013 que estão a ser avaliadas pelo Tribunal Constitucional, António de Sousa escusa-se, por enquanto, a comentar as consequências de um eventual chumbo. “Enquanto não se souber do que se está a falar não criemos mais especulações”, sublinha.

Ainda na opinião do mesmo responsável, "os salários em Portugal são demasiado baixos", advogando que "o aumento do salário mínimo seria um sinal positivo".

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