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Chipre consegue luz verde para proteger pequenos depósitos

A zona euro decidiu esta segunda-feira proteger os pequenos depositantes cipriotas com a liquidação do banco Laiki e restruturação do Banco de Chipre, mas vai impor cortes aos grandes depósitos, os quais estão ainda por definir, disse Dijsselbloem.

Chipre consegue luz verde para proteger pequenos depósitos
Notícias ao Minuto

07:16 - 25/03/13 por Lusa

Economia Eurogrupo

“O corte para o Banco do Chipre terá de ser fixado nas próximas semanas pelas autoridades cipriotas e pela troika”, formada pela Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI), precisou o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, em conferência de imprensa.

Jeroen Dijsselbloem destacou que esta intensa e complexa negociação culminou com uma “melhor solução do que na semana passada", quando foi dada luz verde para um imposto sobre os depósitos bancários, algo que qualificou de "infeliz".

O acordo alcançado na madrugada de hoje “põe fim às incertezas que afetam Chipre e a zona euro”, assegurou Jeroen Dijsselbloem.

O Presidente cipriota Nicos Anastasiades afirmou estar “satisfeito” com o resultado das negociações no final das quase 12 horas de negociação em Bruxelas.

O vice-presidente da Comissão Europeia (CE) e director de Assuntos Económicos, Olli Rehn, disse que o acordo foi "absolutamente essencial", pois irá permitir reconstruir a economia cipriota, e disse que Bruxelas vai fazer "tudo para atenuar as consequências sociais do programa e proteger mais vulneráveis” a este “choque económico "que o país vai sofrer com o resgate.

"É um bom acordo e é conclusivo", disse o ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, salientando que "é bom para Chipre e bom para o conjunto da união monetária”.

Segundo aquele responsável, o banco Laiki (o segundo maior do país) será liquidado "imediatamente" com a "plena contribuição de accionistas, titulares de títulos (júnior e sénior) e depositantes não segurados" acima de 100.000 euros, mediante a lei de resolução bancária aprovada pelo Parlamento cipriota na sexta-feira.

Esta medida gerará 4.200 milhões de euros, segundo Dijsselbloem, que também precisou que o Laiki será dividido num “banco bom” e num “banco mau”, o qual será liquidado no futuro.

O “banco bom” será incorporado no Banco de Chipre e assumirá os 9.000 milhões de euros detidos pelo Laiki através da Assistência de Liquidez de Emergência"(ELA na sigla inglesa) do BCE.

Os depósitos não garantidos “permanecerão congelados até à recapitalização” e serão posteriormente submetidos a um corte.

O BCE fornecerá a liquidez ao Banco do Chipre “em linha com as normas aplicáveis” e a maior entidade do país mediterrânico será reduzida e recapitalizada através da conversão de depósitos ou acções de depósitos não segurados, com a plena contribuição de accionistas e detentores de títulos.

O director do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM), Klaus Regling, por sua vez, explicou que, após aprovado formalmente o memorando de entendimento, em meados de Abril, Chipre poderá ter a primeira tranche financeira no início de maio.

A notícia do acordo para o regaste financeiro de Chipre animou as bolsas de Tóquio e de Hong Kong, que abriram em alta na manhã de hoje.

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