Em média, e segundo estes dados, houve uma decisão de despejo a cada cinco minutos, um valor que não é comparável com os 58 mil despejos de 2011 já que, nesse ano, apenas se conhecem os acordados pelos “serviços comuns de actos de comunicação e execução” e não pelos tribunais de primeira instância.
O número de despejos aprovados no último trimestre de 2012 foi de 24.310, mais 25,9% que no trimestre anterior (19.314 despejos) mas menos 16,9% que no segundo trimestre (29.275) e menos 13,6% que nos primeiros três meses do ano (28.135).
As estatísticas divulgadas pelo Conselho Geral do Poder Judicial (CGPJ) confirmam a dimensão do drama dos despejos em Espanha, que causaram já vários suicídios, no momento em que casas estavam a ser despejadas, e forte contestação social.
Grupos de cidadãos uniram-se já em movimentos sociais em praticamente todo o território espanhol e participam, sempre que são informados, em acções de protesto que obrigam a adiar ou paralisar o ato do despejo.