No documento enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Cimpor explica a redução dos lucros através de vários factores, desde um "conjunto de impactos não recorrentes no EBITDA" (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) a imparidades em activos não correntes e financeiros, passando por custos financeiros e ajustamentos de impostos.
A Cimpor prevê avançar com um "ambicioso plano de investimentos que contempla o aumento de capacidade em determinadas geografias - muito em especial no Brasil, Moçambique e Angola - e a expansão para novas áreas geográficas -- processo no qual as exportações a partir de Portugal apresentam uma relevância determinante para a abordagem e apreciação de novos mercados".
No começo do mês, a empresa presidida por Daniel Proença de Carvalho informou que, em termos pró-forma e após a conclusão das transferências de activos com a Camargo Corrêa e a Votorantim, gerou um volume de negócio de cerca de 2,8 mil milhões de euros em 2012.
A empresa encerrou 2012 com um activo de 7,1 mil milhões de euros, mais 35% do que em 2011, enquanto a dívida líquida era de 3.183 milhões, quase o dobro do ano anterior.
"Em termos de perspectivas de mercado, apenas o consumo de cimento em Portugal traz ainda algumas preocupações, estando a ser desenvolvidos todos os esforços para mitigar este constrangimento através da aposta e investimento na exportação", indicou a empresa.