As 'torneiras' de petróleo da Arábia Saudita e da Rússia vão fechar. O jornal britânico Independent garante que o ministro do petróleo, Ali al-Naimi anunciou aos jornalistas a suspensão temporária da produção, como resposta à queda imparável da matéria-prima fóssil mais importante do mundo.
A decisão foi tomada numa reunião com o ministro do petróleo da Rússia, Alexander Novakin, e na qual participaram também representantes da Venezuela e do anfitrião Qatar. A aproximação entre a OPEP e o governo de Vladimir Putin estava a centrar atenções, e a conclusão acabava por confirmar a esperança dos mercados numa solução para o problema de oferta excessiva que mergulhou o mercado petrolífero numa crise pouco vista.
Os preços do crude e brent chegaram no início deste ano aos níveis mais baixos em mais de uma década, com o excesso de produção a inundar um mercado penalizado pela procura decrescente da China.
Com custos de exploração mais altos do que os produtores do Médio Oriente, a Rússia não tem conseguido compensar a descida dos preços. O governo de Putin juntou-se por isso à Venezuela e Irão para pressionar a Arábia Saudita, acabando por conseguir convencer o reino árabe a aceitar um corte temporário na exploração e refinação.
As bolsas internacionais já estão a dar os primeiros sinais de reação às notícias vindas do Qatar: o barril de brent já sobe mais de 3% em Londres e em Nova Iorque, o crude segue pelo mesmo caminho com uma subida de preço também acima dos 3%.
[Notícia atualizada às 09h50]