O chamado "contrato para uma nova dinâmica de crescimento e desenvolvimento social" foi assinado pelo presidente executivo da Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, e as organizações sindicais CFDT, CFE-CGC e Força Trabalhadora.
A empresa propôs nas últimas negociações que os trabalhadores em França terão de passar a 1.603 horas de trabalho anuais, um aumento de 6,5% em relação à situação actual e vai começar a aplicar-se entre Julho e Setembro.
Os salários estarão 'congelados' este ano, sendo que nos dois anos seguintes se fará uma avaliação em função da situação da empresa e do ambiente económico, referiu a Renault em comunicado.
O dispositivo para a redução da força de trabalho em 7.500 pessoas até 2016, far-se-á através da não substituição de trabalhadores que peçam a reforma e para o qual se amplia a possibilidade de sair para os que atinjam os 58 anos.
Em contrapartida, a Renault comprometeu-se a não encerrar nenhuma fábrica em França até 2016 e a colocar planos em marcha que aumentem a produção de veículos que no ano passado atingiu os 530 mil carros.
Graças a este acordo, negociado durante nove meses, a Renault considera em comunicado que encontrou as condições para reforçar a sua base francesa e desenvolver-se a nível internacional para poder fazer frente a um mercado automobilístico europeu "em mutação".