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Pompons e luxúria nas duas novas marcas de sapatos 'Made in Portugal'

A crise juntou pompons, saltos altos, luxúria e ambição e fez nascer duas novas marcas de sapatos portuguesas pela mão de antigos desempregados que hoje chegaram a Milão para a maior feira do setor do mundo.

Pompons e luxúria nas duas novas marcas de sapatos 'Made in Portugal'
Notícias ao Minuto

22:35 - 14/02/16 por Lusa

Economia Empreendedorismo

Mulheres confiantes, distintas, exuberantes, divertidas, que gostam de arriscar e gerar opinião. Este é o público-alvo de Rute Marques, 29 anos, e Alexandra Castro, 26, que é como quem diz 'Friendly Fire', a nova marca de sapatos portugueses que hoje se lançou em Milão.

Conhecem-se há mais de 11 anos, mas foi em 2015, e porque as licenciaturas -- uma de nutrição e outra de ensino básico -- que tiraram não deram a resposta esperada, que as duas se lançaram na aventura de criar a própria coleção de sapatos, aquela que lhes preenchia as medidas, que juntava as características das grandes marcas internacionais que cobiçavam, mas com um preço mais convidativo.

Por isso, e porque, como assumem, queriam "ganhar dinheiro", em maio do ano passado decidiram "dar corda aos sapatos" e bater à porta da empresa de calçado JAM Fernandes, em Guimarães, com uma proposta: "fazer uma coleção própria para vender online". Já não as deixaram sair.

"Convidaram-nos a ficar com a marca Friendly Fire", conta uma das criadoras, acabada de chegar à maior feira de calçado mundial e onde mais de 1.600 marcas, de cerca de 50 países, procuram dar a conhecer a melhor forma de calçar.

No stand da Friendly Fire há pompons nos sapatos, há flores, cristais e brilhantes. Há modelos inspirados nas 'it girls' e há a "simbiose" de Rute e Alexandra que criam o que elas próprias gostariam de ter na sapateira lá em casa.

"Temos o olhar das consumidoras e fazemos o que nós gostamos", confessa Alexandra Castro, para quem o seu gosto pelo "mais sóbrio" combina com as cores de Rita numa "fusão que resulta" em modelos cujo preço pode variar entre os 100 e os 300 euros.

E se em setembro de 2015 fizeram um primeiro ensaio, com alguns modelos, a coleção de lançamento "mais madura" está encomendada em 28 pontos de venda portugueses e lá por fora, na Irlanda, na Grécia, em Itália e em Espanha.

Onde querem chegar? Estados Unidos da América é a resposta pronta, até porque, admitem, já aceitaram o mundo dos sapatos "para a vida".

"Para nós, a crise e a falta de emprego foi uma oportunidade, uma hipótese que nos encaixou como um sapato", confessa Rute Marques.

O desemprego foi também o pontapé de saída para Ricardo Confraria, ex-comercial da área dos bens de grande consumo que foi seduzido pelo calçado 'Made In Portugal' e, juntamente com a mulher, lançou-se nos saltos altos e na espiritualidade da 'Biblical Lust', ou luxúria bíblica.

"A marca remete para a identidade espiritual e carnal de cada um", explica o responsável, que assume o "caráter sexual" e "erótico" presente nos sapatos, quer nos saltos altos, quer nas peles estampadas.

Resultado de um investimento de 100 mil euros, a empresa foi criada em agosto de 2015, aproveitou o "vale empreendedorismo" do novo quadro comunitário 2020 e procura agora não só estar presente no mercado nacional em lojas multimarca, mas também chegar aos mercados de França, Alemanha, Espanha e Reino Unido.

Cada par de sapatos, para homem ou mulher, pode oscilar entre os 250 e os 400 euros e junta "a melhor qualidade de materiais e o conforto ao design", ou não quisesse Ricardo Confraria vender o calçado "mais perfeito possível".

"Acreditamos que as pessoas, no seu caminho pela vida, devem andar calçadas confortavelmente", conta o responsável da marca cujo lema é "perfection is not a perspetive".

A Micam, que decorre entre hoje e quarta-feira, conta com a participação de 95 empresas portuguesas, responsáveis por 500 milhões de euros em exportações.

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