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Yellen sem planos para avançar para taxa juro negativa

A presidente da Reserva Federal norte-americana disse hoje que não tinha planos para colocar as taxas de juro de referência em terreno negativo, à semelhança do que o Banco da Suécia fez ao início do dia.

Yellen sem planos para avançar para taxa juro negativa
Notícias ao Minuto

22:41 - 11/02/16 por Lusa

Economia Fed

Mas Janet Yellen, que falava durante uma audição no Senado, expressou a sua "surpresa" sobre a dimensão da entrada dos bancos centrais europeus em território negativo, adiantando que, dada a fraqueza da inflação e da economia internacional, a Reserva Federal (Fed) estava a estudar a situação "para estar preparada".

Aos senadores, Yellen afirmou: "Fiquei surpreendida por ser possível colocar as taxas em (valor) negativo, como alguns países fizeram".

Hoje, de manhã, o banco central sueco cortou a sua taxa de referência de curto prazo para um novo mínimo de 0,5% negativos.

Outros bancos centrais na Europa, incluindo o Banco Central Europeu, já tinham tomado a decisão extraordinária de cortar as suas taxas de referência para território negativo nos meses recentes, para combaterem as pressões deflacionistas causadas por um fraco crescimento.

As taxas negativas, no contexto da política monetária, pretendem forçar os bancos comerciais a pagarem juros pelos seus depósitos no banco central, em vez de serem pagos, como acontece por norma.

Este instrumento de política é usado apenas em raras circunstâncias para pressionar os bancos a emprestarem, para estimular a atividade económica.

Em 29 de janeiro, o Banco do Japão (BoJ) também cortou a sua taxa de juro para os depósitos da banca comercial no banco central para 0,1% negativos.

O presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, alertou na ocasião que podia entrar ainda mais em território negativo, se fosse necessário.

"A economia japonesa não está isolada da economia internacional", argumentou.

Mas Yellen afirmou que a Fed não está a planear um movimento similar, mesmo com a inflação nos EUA a continuar débil e muito longe do objetivo de 2,0%.

Aliás, contrastou que a Fed até tinha subido a sua taxa de juro há dois meses e que a economia norte-americana está a crescer moderadamente.

Depois de manter a sua taxa de referência para os fundos federais próxima de zero durante sete anos, em dezembro a Fed subiu-a em 0,25 pontos percentuais para um intervalo situado entre 0,25% e 0,50%, expressando confiança na força da economia dos EUA e que a inflação vai crescer depois de a queda do mercado do petróleo passar para os preços.

De resto, em dezembro, a previsão dos dirigentes da Fed apontava para outra subida em um quarto de ponto percentual em 2016.

Porém, Yellen admitiu hoje, "muita coisa aconteceu desde então", referindo-se a "desenvolvimentos na finança e economia internacional" e adiantando que a Fed está "em processo de avaliar" como esses desenvolvimentos afetam as suas perspetivas.

Questionada sobre se a Fed poderia ir para terrenos negativos, à semelhança dos mencionados bancos centrais, Yellen respondeu que não era provável, mas que o conceito estava sob análise.

"À luz da experiência dos países europeus e de outros que foram para taxas negativas, estamos a analisá-las outra vez, porque queremos estar preparados para o cenário em que tenhamos de acrescentar acomodação (estímulos à economia). Ainda não acabámos a avaliação", especificou.

Entretanto, acrescentou, ao falar sobre a política de taxas da Fed: "Não penso que seja provável uma contração de tal ordem que faça com que o próximo movimento [de política monetária] seja um corte" da taxa de juro.

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