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Analistas antecipam crescimento económico de 1,5% em 2015

A economia portuguesa deverá ter crescido 1,5% em 2015 face ao ano anterior, em linha com o antecipado pelo atual Governo, mas ligeiramente abaixo do que previa o executivo anterior, segundo analistas contactados pela agência Lusa

Analistas antecipam crescimento económico de 1,5% em 2015
Notícias ao Minuto

17:50 - 11/02/16 por Lusa

Economia NECEP

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na sexta-feira a estimativa rápida referente às contas nacionais trimestrais do quarto trimestre de 2015, apresentando a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no conjunto do ano passado.

Os economistas dos bancos Montepio, BPI e BBVA e do Núcleo de Estudos sobre a Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP), da Universidade Católica, coincidem nas suas estimativas, antecipando que o PIB tenha crescido 1,5% em 2015 face ao ano anterior.

Esta estimativa, a confirmar-se, revela que o crescimento económico no ano passado ficou em linha com o antecipado pelo Governo, que no relatório do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) assume um crescimento económico de 1,5% no ano passado, mas ligeiramente abaixo do previsto pelo anterior executivo PSD/CDS-PP, que previa uma melhoria do PIB de 1,6%.

Esta diferença, segundo explicou o economista-chefe do Montepio, Rui Bernardes Serra, deve-se a um crescimento económico mundial "aquém do esperado, nomeadamente de alguns importantes clientes portugueses, como Angola" e pela instabilidade política do final do ano.

"A realização de eleições em 2015 e os sinais de que não haveria maioria absoluta quer do PSD, quer do PS, aumentaram a incerteza dos agentes económicos, podendo ter levado a um adiamento das decisões de consumo e investimento", disse.

Também contactado pela agência Lusa, o professor do Grupo de Análise Económica do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) António Ascensão Costa, justifica esta diferença também com a queda do preço do petróleo, que "também não ajudou o crescimento real da economia, ao contrário das expectativas iniciais, porque foi muito pronunciada".

A economia portuguesa estagnou no terceiro trimestre de 2015, depois de mais um ano a crescer cerca de 0,4% em todos os trimestres, e os analistas antecipam agora que o PIB tenha recuperado entre 0,4% e 0,5% no último trimestre do ano face ao anterior.

Rui Bernardes Serra diz que este crescimento em cadeia no quarto trimestre "terá resultado quer do crescimento da procura interna -- numa intensidade superior no investimento em capital fixo (FBCF) comparativamente ao consumo privado, onde o crescimento terá sido marginal, e um ligeiro contributo positivo das exportações líquidas".

Já em termos anuais, "o PIB foi apenas suportado pela procura interna, com crescimentos do consumo privado (2,6%) e da FBCF (4,5%), com as exportações líquidas a apresentarem um contributo negativo (entre 0,8 e 0,9 pontos percentuais)", afirma o analista do Montepio.

Por sua vez, e ainda em termos anuais, a economista-chefe do BPI, Paula Carvalho, justifica a melhoria do PIB com um melhor contributo primeiro das exportações, depois do consumo privado e, por fim, do investimento.

Já o banco BBVA afirma que "após a estagnação da atividade no terceiro trimestre de 2015" o PIB deve crescer "novamente sustentado nas exportações líquidas e um desempenho algo mais positivo do investimento, o que deveria compensar uma certa moderação do consumo privado".

Por outro lado, os professores do ISEG antecipam um crescimento homólogo de 1,3% e em cadeia de 0,3% no último trimestre do ano passado, destacando uma "desaceleração da procura interna, nomeadamente do consumo privado, que não parece ter sido compensada por um contributo menos negativo da procura externa líquida".

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