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Zika pode custar 47 mil milhões de dólares este ano ao Brasil

O virus Zika pode ter um impacto este ano de 47 mil milhões de dólares (42 mil milhões de euros) no Brasil, de acordo com os cálculos preliminares do professor de Economia Geraint Johnes, citados no site informativo 'The Conversation'.

Zika pode custar 47 mil milhões de dólares este ano ao Brasil
Notícias ao Minuto

09:17 - 07/02/16 por Lusa

Economia Vírus

De acordo com este professor da London School of Economics, "com o carnaval e com o país a organizar os Jogos Olímpicos de agosto, será possível que o turismo represente 10% do PIB, um pequeno acréscimo face ao nível habitual de 9%, pelo que uma queda de 20% no turismo, à semelhança do que aconteceu com a gripe asiática (síndrome respiratória aguda grave), seria equivalente a uma redução de 47 mil milhões de dólares no PIB ao longo do ano".

No artigo escrito para o site informativo 'The Conversation', este académico assume que é ainda cedo para apresentar um cálculo definitivo quanto ao impacto da epidemia no Brasil, e por isso recorre a comparações parciais com outras epidemias, como a gripe asiática ou o virus Ébola.

Uma das grandes diferenças entre o Zika e as outras epidemias tem a ver com os sintomas e com a necessidade (ou não) de encerrar locais de trabalho, pelo que os quatro milhões de pessoas que se espera podem vir a ser infetadas não vão precisar de ficar em casa, abrandando ainda mais a produção económica, explica o académico.

"No caso do Ébola em África, os custos mais sérios não foram no turismo, mas sim uma queda de 12% no PIB devido ao impacto direto do surto na produção industrial; o zika é bastante diferente porque é transmitido através de picada de mosquito e, para além do contacto sexual, não é transferível de humano para humano", diz este professor de Economia.

Por isso, conclui, "é altamente improvável que os locais de trabalho precisem de ser encerrados, e daí que é pouco provável que o zika tenha um efeito mensurável na produção industrial da América do Sul", argumenta o professor.

A OMS considera que o recente aumento de casos de microcefalia e de desordens neurológicas na América Latina constitui uma emergência de saúde pública de alcance internacional, adiantando que existe uma forte suspeita de que o aumento daqueles casos seja causado pelo vírus Zika.

"Não pudemos estabelecer uma relação direta entre o vírus Zika e os casos de microcefalia e desordens neurológicas. É isso que devemos investigar. Mas os casos de malformações são tão graves que decidimos declará-los uma emergência", disse David Heymann, presidente do Comité de Emergências da OMS.

A microcefalia é um distúrbio de desenvolvimento fetal que resulta num perímetro do crânio infantil mais baixo do que o normal, com consequências no desenvolvimento do bebé.

O Zika também é suspeito de causar síndrome neurológica de Guillain-Barré, que pode causar uma paralisia definitiva.

Os sintomas e sinais clínicos da infeção pelo vírus, transmitida (de forma comprovada) aos seres humanos por picada de mosquitos infetados (na América Latina através do Aedes aegypti, também vetor de transmissão do vírus do Dengue, da Febre Chikungunya e da Febre Amarela), são muito parecidos com os da gripe, provocando febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares.

Geralmente, os sintomas começam a desaparecer quatro ou cinco dias depois. O período normal de incubação varia entre três a 12 dias.

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