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"A credibilidade de um orçamento faz-se quando ele se executa"

O ministro das Finanças diz que a classe média terá um alívio fiscal.

"A credibilidade de um orçamento faz-se quando ele se executa"
Notícias ao Minuto

22:25 - 05/02/16 por Carolina Rico

Economia Mário Centeno

Mário Centeno admite que as mudanças na proposta de Orçamento de Estado após as negociações com Bruxelas traduzem “uma restrição mais apertada do que aquela que se projetava no inicio”, mas garante que as contas apresentadas "têm os números muito bem avaliados".

Em entrevista à SIC Notícias, o ministro das Finanças disse que o Governo fez “um esforço muito grande para ter um orçamento feito num curto período de tempo e para que ele cumprisse os compromissos europeus, cumprisse o programa do Governo e cumprisse os acordos que o PS tem no Parlamento”.

Questionado sobre se achava que a desconfiança de Bruxelas poda diminuir a credibilidade de Portugal nos mercados, Mário Centeno disse que “a credibilidade de um orçamento se faz quando ele se executa”.

“Vamos ter que continuar a monitorizar as contas com muita exigência”, admitiu, dizendo que “as famílias de menores rendimentos e a classe média, que tão massacrada foi, vão ter um alívio fiscal contido”.

“Sempre dissemos que haveria uma restrição orçamental a cumprir”, recordou o ministro. “Impostos não são coisas de que nós gostamos por definição… olhemos para os diferentes setores da sociedade e distribuir este esforço”.

Sobre a eventualidade de PCP ou Bloco de Esquerda não aprovarem a proposta de Orçamento (nenhum dos partidos avançou hoje se o faria), Mário Centeno referiu apenas que o “orçamento respeita a linhas gerais do acordo” estabelecido com os partidos de Esquerda.

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