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Fundações: Governo assina "certidão de óbito" da Mata do Buçaco

O presidente da Câmara da Mealhada manifestou-se, esta segunda-feira, “indignado” com a decisão de o Governo proibir a transferência de dinheiros públicos para a Fundação Mata Buçaco (FMB), o que equivale a “assinar a certidão de óbito deste património”.

Fundações: Governo assina "certidão de óbito" da Mata do Buçaco
Notícias ao Minuto

18:42 - 11/03/13 por Lusa

Economia Autarca

O Governo não extinguiu a FMB mas, ao impedir que entidades públicas, como a Câmara da Mealhada, a apoiem, está a “asfixiá-la”, sustentou, em declarações à agência Lusa, Carlos Cabral, sublinhando estar preocupado com “o futuro da Mata e não da fundação, que apenas é um instrumento” de defesa e valorização “deste património, que é nacional”.

A FMB foi criada, em 2009, para gerir a Mata do Buçaco que, até então, “dependia de sete direcções gerais”, distribuídas por “quatro ou cinco ministérios”, recordou o autarca, salientando que a fundação foi o instrumento encontrado para recuperar e valorizar um património que estava “completamente abandonado” e “totalmente degradado”.

A decisão do Governo é tanto mais “estranha”, “contraditória” e “absurda”, quanto é certo que “existe outra fundação no concelho da Mealhada” – Fundação Luso, criada pela Sociedade Águas do Luso –, em relação à qual “nada impede” que lhe sejam “atribuídos fundos de organismos públicos”, sublinhou Carlos Cabral.

As receitas geradas pela fundação são insuficientes para gerir a Mata, disse o autarca socialista, adiantando que em 2012 a Câmara da Mealhada apoiou a FMB com “cerca de 30 mil euros”.

Carlos Cabral admitiu que existam “fundações doentes”, mas nem “todas estão doentes”, e considerou que o facto de uma entidade ter a designação de fundação não pode constituir motivo “para ser maldita”.

É necessário “rigor”, reconheceu o presidente do município da Mealhada, assegurando que “o rigor tem sido representado pela FMB”.

A Mata do Buçaco corre o risco de “ficar ao abandono”, advertiu o autarca, que vai pedir uma audiência à ministra Assunção Cristas, para a alertar para o facto de esta decisão do Governo “representar a certidão de óbito de um património que é nacional, que é do Estado”, e foi visitado por “cerca de 200 mil pessoas” em 2012.

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