Já são conhecidos alguns detalhes do Programa Especial de Revitalização de Duarte Lima e as primeiras conclusões são... curiosas. O administrador do processo detalhou as dívidas do antigo deputado do PSD, que se dividem por quatro credores: Novo Banco, Parvalorem, o empresário José Silvério e o casal Bento dos Santos (José e Décia).
O Novo Banco pede a devolução de quase 11 milhões de euros em títulos de crédito, a hipoteca de uma casa em Lisboa e duas garantias bancárias, mas é a empresa que gere as participações públicas que faz o pedido mais invulgar.
De acordo com o Jornal de Negócios, a Parvalorem já penhorou vários bens para compensar os 20,7 milhões devidos por Duarte Lima, mas ainda não recebeu todos. Os dois quadros da Escola de Pintura Flamenga já entregues não chegam para cobrir os valores em falta e por isso, a empresa do Estado pede obras de arte asiáticas, com descrição detalhada: "Porcelanas chinesas de exportação, decoradas com esmaltes 'Família Rosa', representando dois imortais Taoístas de pé sobre base regular".
Os empresários citados no Plano Especial de Revitalização são credores de alguns milhares de euros, mas uma dívida de 219 euros à Meo foi liquidada em novembro e acabou por não ser incluída.
