'Efeito BCE' já cortou um quinto das prestações da casa
Política financeira do regulador da zona euro criou um ambiente de taxas de juro historicamente baixas. Alívio nos empréstimos contrasta com ganhos mais modestos nos depósitos a prazo.
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Economia Crédito
As Euribor estão cada vez mais baixas e a consequência é um peso cada vez menos dos juros nos créditos à habitação em Portugal. Com o Banco Central Europeu a exigir valores mais baixos do que nunca para emprestar dinheiro à banca e o programa de compra de ativos a aumentar liquidez, as instituições financeiras estão mais abertas a conceder crédito com condições favoráveis para os clientes.
Em quatro anos, segundo as contas do Diário Económico, o valor pago nos contratos anexados à Euribor a seis meses (a mais utilizada em Portugal) caiu a pique, aproveitando da melhor forma as taxas negativas que chegaram no início deste mês.
Para quem esteja a pagar um empréstimo de 100 mil euros a 30 anos, com spread de 1%, o valor mensal caiu cerca de 20% desde 2011 nos contratos anexados à Euribor a três e a seis meses. O alívio chegou mesmo aos 23% para quem use como referência a Euribor a 12 meses, apesar de neste prazo ainda não se registarem taxas negativas nas trocas entre bancos.
Com o prolongamento do programa de compra de ativos a ser uma hipótese cada vez mais provável, o 'efeito BCE' promete continuar a aliviar os bolsos dos portugueses com crédito à habitação. As taxas negativas deverão chegar à Euribor a 12 meses em breve, reduzindo o valor a pagar mais uma vez.
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