A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) assumiu, no início de junho, a gestão da VND, anteriormente a cargo do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

Neste período, segundo disse hoje à agência Lusa a administradora da APDL Raquel Maia, foram concretizadas obras de reparação em 17 cais fluviais, que implicaram um investimento global de 600 mil euros.

Foram efetuados trabalhos de requalificação, de melhoria de redes de água e energia, de conservação e de reparação, com o objetivo de providenciar melhores condições de segurança, operacionalidade e conforto aos utentes da VND.

No próximo ano serão feitas mais pequenas intervenções de melhoramento em 12 infraestruturas.

"Estes cais são um elemento importante para o turismo de cruzeiro, mas também para outro tipo de turismo. Queremos que sejam também um espaço de estar para os habitantes e para os turistas que chegam aqui sem ser pelo rio", salientou a responsável.

Para além disso, está ainda a ser feita uma avaliação das necessidades de intervenção em infraestruturas fluviais, que visam, em alguns casos, uma ampliação com vista a terem capacidade para poderem receber barcos hotéis.

Estas obras, de maior envergadura, poderão decorrer por exemplo nos cais de Sabrosa, onde se pretende aumentar a capacidade para seis postos de acostagem na foz do rio Pinhão e ainda criar um posto de acostagem em Ferrão.

Outras infraestruturas que poderão ser intervencionadas são Leverinho, Castelo de Paiva, Entre-os-Rios, Foz do Távora, Ferradosa e Barca d'Alva.

Raquel Maia disse ainda que vai ser implementado um sistema de recolha dos resíduos das embarcações turísticas, um plano que está agora a ser elaborado e regulamentado em conjunto com os municípios.

Em julho, a APDL apresentou o projeto Via Navegável do Douro -- Douro's Inland Waterway 2020, um projeto orçado em 74 milhões de euros e que tem a duração de cinco anos.

O principal objetivo é melhorar a navegabilidade, segurança e comunicações, potenciando o transporte de mercadorias e permitindo que o rio seja utilizado 24 horas por dia.

A primeira fase de estudos do projeto já foi aprovada, com a duração de dois anos, num investimento de 4,7 milhões de euros.

Neste âmbito está já em curso o levantamento hidrográfico do canal de navegação com vista à realização de uma carta hidrográfica e eletrónica que vai ajudar à implementação do sistema de comunicações RIS -- River Information Service.

Em elaboração está também o plano de emergência com vista à preparação das entidades que atuam no rio para situações de calamidade.