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Segurança energética em Moçambique precisa de 500 milhões por ano
Moçambique precisa de investimentos de 500 milhões de dólares (472 milhões de euros) por ano para garantir a segurança energética, avançou fonte do Ministério dos Recursos Minerais.
© Lusa
Economia Recursos
O valor corresponde à geração adicional à capacidade atual entre 150 e 200 megawatts por ano para satisfazer as necessidades energéticas do país, segundo Pascoal Bacela, diretor nacional de Energia do Ministério dos Recursos Naturais, citado hoje pelo diário Notícias.
Pascoal Bacela falava no Fórum sobre Segurança Energética Investimentos para o futuro, na quinta-feira em Malta, antecedendo a Cimeira da Commonwealth, que se realiza hoje com a presença do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.
O diretor nacional advertiu que, além do investimento no processamento de energia, podem ser necessários valores adicionais para o seu transporte, dando como exemplo a central de Temane, na província de Inhambane, que está a ser desenvolvida pela Sasol e Eletricidade de Moçambique, a partir de gás natural, com vista à produção de 400 megawatts.
Para transportar a energia de Temane para Maputo, ao longo de mais de 800 quilómetros, "é ainda necessário acrescentar a este projeto entre 400 milhões de dólares [377 milhões de euros] e 600 milhões [566 milhões de euros]", referiu Bacela, acrescentando que a introdução de 400 megawatts deverá satisfazer as necessidades do país durante três a quatro anos.
"Se conseguíssemos que entre três a quatro anos de intervalo entrasse em funcionamento um projeto de 200 a 400 megawatts, significaria que teríamos uma situação de equilíbrio e também uma situação contínua de energia e de segurança", declarou.
Moçambique, lembrou, tem elevadas potencialidades energéticas, através de várias fontes, como hidroelétrica, hidrocarbonetos, eólica, solar, mas para as explorar precisa de investimentos.
Segundo Carla Souto, secretária permanente do Ministério da Indústria e Comércio, Moçambique tem potencial para geral sete mil megawatts numa década, um valor dez vezes superior às necessidades do país, através de fontes renováveis e térmicas, como o carvão de Moatize, na província de Tete.
"Nos próximos dez anos, Moçambique poderá colocar no mercado mais de sete mil megawatts de energia elétrica, com destaque para a biomassa", disse Carla Souto num fórum de negócios entre Índia e Moçambique que decorreu esta semana em Maputo, citada hoje pelo Notícias.
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