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Os cinco quebra-cabeças que a troika vem resolver

A troika chega esta segunda-feira a Portugal para a sétima avaliação ao programa de ajustamento, naquela que é considerada a altura mais sensível para o País nesta matéria. O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, comentou, na passada semana, que este “seria o princípio do fim” da intervenção estrangeira por cá. Certo é que, depois da assunção do falhanço nas previsões económicas para 2013, são ainda mais os desafios que se colocam nas semanas vindouras. Conheça os principais cinco.

Os cinco quebra-cabeças que a troika vem resolver
Notícias ao Minuto

09:03 - 25/02/13 por Notícias Ao Minuto

Economia Avaliação

As próximas semanas ficarão indelevelmente marcadas pela presença da troika em Portugal, a propósito da sétima avaliação do programa de ajustamento. A recente revisão das previsões para a economia portuguesa feitas pela Comissão Europeia que colocam agora a economia a recuar 1,9%, contra uma previsão anterior (partilhada pelo Governo) de uma recessão de 1%, o que fará disparar o desemprego para uma taxa de 17,3%, estende o tapete para uma agenda pautada por quebra-cabeças.

Até porque, perante estes números, também os dados da consolidação orçamental ficaram comprometidos sendo de esperar, tal como o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, afirmou na passada quarta-feira, dia 20, no Parlamento, que Portugal possa vir a beneficiar de mais um ano para atingir um défice inferior a 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Ora a avaliação que agora se inicia será ainda assinalada, não só pela activação do chamado 'Plano B' do Exeutivo, um plano que prevê poupanças adicionais de cerca de 800 milhões de euros por forma a cumprir as metas do défice, mas também pela discussão do pacote de reforma do Estado que prevê o corte de 4 mil milhões de euros à despesa pública.

Vejamos, então, os cinco pontos essenciais que, de acordo com o Jornal de Negócios, serão escrutinados no em virtude de mais esta visita da troika ao País.

1- Abrandamento europeu: Além da frágil situação nacional, a confirmação da Comissão Europeia de que a recessão na Europa será maior do que o esperado e que a recuperação será mais lenta deixa Portugal no limbo, pelo que será necessário perceber quais as implicações deste contexto na estratégia de ajustamento português;

2- Flexibilização do défice: O Executivo deverá argumentar perante a troika que somar mais austeridade àquela já prevista será contraproducente, pelo que solicitará, tudo indica, o adiamento por mais um ano para que seja cumprida a meta do défice;

3- Crise do emprego: O definhar do mercado de trabalho, sobretudo no que aos jovens diz respeito, será um dos mais graves problemas que se coloca ao programa de ajustamento, pelo que importa encontrar um trilho em que se vislumbrem soluções para inverter a dinâmica do desemprego;

4- Falta de investimento: O investimento é a principal variável interna na estratégia de recuperação. Assim, dever-se-á começar a desenhar caminhos que desemboquem no investimento público e privado alavancado em fundos estruturais e fundos do Banco Europeu de Investimento;

5- Regresso aos mercados: A capacidade de o País regressar de forma autónoma será condição necessária para justificar a estratégia de ajustamento. Nesta senda, há que fundamentar a confiança dos investidores na sustentabilidade da dívida nacional, do apoio do Banco Central Europeu, nomeadamente quanto à compra de dívida pública, sendo que o objectivo a curto prazo será o da emissão a 10 anos, assim que possível.

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