Novo Banco precisa de dois mil milhões para recapitalização
Testes europeus serão divulgados em breve, mas as primeiras indicações afastam o cenário mais pessimista. Ainda assim, investimento necessário levanta dúvidas em torno do próximo processo de privatização.
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Economia Banco Central
O Novo Banco já sabe quanto dinheiro vai ser necessário para reequilibrar os níveis de capital. A divulgação pública dos testes de esforço do Banco Central Europeu vai ser feita já no sábado, mas as indicações dadas ao Banco de Portugal e ao banco de transição do antigo BES apontam para custos de dois mil milhões de euros, um valor abaixo do cenário avançado pela Société Générale.
O banco francês apontava para necessidades de capital na ordem dos 2,4 mil milhões, mas as exigências do BCE são mais modestas. “Não haverá boas notícias mas também não se esperam surpresas pela negativa, face ao que já se antecipava”, resumiu uma fonte do Banco de Portugal em declarações ao Diário Económico.
O Novo Banco vai agora ter nove meses para compensar o valor em falta nos rácios de capital, através de investimento e cortes de custos no âmbito da reestruturação anunciada pelo Banco de Portugal. A venda de ativos não-essenciais e a redução de balcões e funcionários serão decisivos para o reequilíbrio financeiro do banco liderado por Eduardo Stock da Cunha.
As exigências do BCE surgem antes do relançamento do concurso de privatização, servindo como pano de fundo à discussão com os interessados. O Banco de Portugal não conseguiu chegar a acordo com Anbang, Fosun e Apollo na primeira tentativa de venda e poderá agora ficar em situação menos favorável devido à necessidade de tapar o ‘buraco’ financeiro identificado pelo regulador europeu.
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