São 215 páginas de história. História da PT, mas também história da sociedade portuguesa. “Ao contarmos 20 anos de história de uma grande empresa, contamos a história de um país e mostramos como Portugal é pequenino e acaba por haver uma confluência de interesses de muitas áreas: banca, Estado, futebol, empresários”, explica uma das autoras citada pelo Diário de Notícias.
Na obra que foi apresentada na semana passada, conta-se a história de “como os políticos e empresários se serviram da PT ao longo de 20 anos”.
“Para os governantes, a PT era sinónimo de poder. Para os acionistas uma fonte de dividendos. Todos ali foram beber, durante 20 anos, até à última gota”, lê-se na contracapa da obra.
Num dos episódios relatados no livro, as jornalistas revelam que a fusão entre a PT e a Oi foi analisada pelo banco norte-americano Morgan Stanley a pedido de Henrique Granadeiro, o então presidente do conselho de administração da operadora portuguesa. As conclusões não foram animadoras e ficou o alerta: “a fusão pode ser feita em melhores condições”.
Daí em diante o percurso foi de queda, em especial depois do desaparecimento do universo Espírito Santo, altura em que se descobriu que a PT havia investido em papel comercial da RioForte.
