A associação sublinha em comunicado que "sem prazos e condições realistas, alguns modelos a gasóleo poderiam efetivamente tornarem-se inviáveis, forçando os fabricantes a retirá-los do mercado".
Ou seja, tal poderia "ter repercussões sobre a escolha do consumidor, bem como o emprego no setor automóvel em geral" onde o gasóleo "é atualmente a tecnologia de escolha para os fabricantes".
Os representantes da indústria automóvel referem que reuniram na semana passada com o Comité de Regulação da Comissão Europeia (CTVM) no sentido de começar a debater propostas face à legislação relativa às emissões poluentes de condução reais, sendo que concordam "com a necessidade de que as emissões reflitam mais de perto as condições reais", sublinhando que este é um tema que têm vindo a propor "há anos".
Após o escândalo das emissões poluentes do grupo Volkswagen, a ACEA acrescenta que "suporta um pacote de emissões reais de condução robusto, mas realista", abordando os principais problemas ambientais em duas fases, conforme já acordado pelos Estados-membros.
O primeiro passo, segundo a associação, já foi dado a partir de setembro de 2015, estando já em vigor nos novos modelos de veículos.
"Estamos totalmente alinhados com a necessidade de medir melhor as emissões de óxidos nitrosos (NOx) dos veículos a gasóleo em condições normais de condução", afirmou Erik Jonnaert, secretário-geral da ACEA.
No entanto, o responsável diz que "é importante avançar de uma forma que permita aos fabricantes planear e implementar as mudanças necessárias sem pôr em causa o papel do gasóleo como um dos pilares fundamentais para o cumprimento de metas futuras de CO2".
A ACEA representa 15 fabricantes europeus de automóveis: grupo BMW, DAF Trucks, Daimler, Fiat Chrysler Veículos (FCA), Ford Europa, Hyundai Motor Europe, IVECO, Jaguar Land Rover, grupo Opel, PSA Peugeot Citroën, grupo Renault, Toyota Motor Europe, grupo Volkswagen e grupo Volvo.