Governo quer convergência de empresas públicas de telecomunicações
O Governo moçambicano defendeu hoje a convergência das Telecomunicações de Moçambique (TDM) e Mcel para revitalizar estas empresas de capitais públicos, que enfrentam dificuldades financeiras.
© Lusa
Economia Moçambique
"Há necessidade de se avançar com o projeto de convergência entre a TDM e a Mcel. Neste momento, está a terminar um trabalho de consultoria, para vermos o que é necessário para o efeito", disse o ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, falando aos jornalistas após uma visita do primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, às instalações da TDM em Maputo.
De acordo com Carlos Mesquita, a convergência das duas empresas públicas, que têm registado perdas no mercado de telecomunicações moçambicano, poderá ser feita a nível das infraestruturas, dos recursos humanos e de sistemas, como forma de responderem às exigências do mercado e evitar maiores gastos.
"Tudo isto tem de ser avaliado e depois veremos quais serão as próximas etapas", afirmou Carlos Mesquita, acrescentando que a ambição do Governo é rentabilizar as empresas, criando um "dimensionamento correto" das instituições.
Na visita de hoje às instalações da TDM em Maputo, segundo Carlos Mesquita, a delegação do primeiro-ministro constatou que a empresa pública de telecomunicações tem "enormes desafios" pela frente.
"Constatamos que a empresa tem recursos, mas esses recursos devem ser bem geridos para revitalizar a instituição e reverter a situação deficitária que está ser registada neste momento", acrescentou Carlos Mesquita, enaltecendo a importância da empresa para os países vizinho sem acesso ao mar, que usam os canais moçambicanos para fazer a transmissão de dados nos seus territórios.
O primeiro-ministro moçambicano, por seu turno, destacou a necessidade de a TDM adotar estratégias dinâmicas, como forma de recuperar seu lugar no mercado das telecomunicações.
"O negócio de telefonias fixas está em desvantagem em relação a entrada em vigor das comunicações móveis", alertou o primeiro-ministro moçambicano, acrescentando que é necessário que a empresa se adapte ao novo mundo.
"Neste mercado, ganha quem se adapta ao novo mundo", salientou Agostinho do Rosário.
Em agosto, o primeiro-ministro moçambicano visitou as instalações da Mcel em Maputo, tendo-se inteirado da situação crítica da instituição e afirmado que o Governo terá de injetar capital na companhia para ajudar a empresa a ultrapassar as dificuldades que enfrenta.
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