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BCE prevê recuperação na zona euro mais lenta do que o previsto
O Banco Central Europeu (BCE) prevê que a recuperação económica na zona euro seja mais lenta do que tinha antecipado anteriormente, foi hoje anunciado.
© Reuters
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Nas atas da última reunião do conselho de governadores sobre política monetária, publicadas hoje, o BCE afirma que o euro se apreciou face ao dólar e outras divisas devido, "em parte, às expectativas de um adiamento da primeira subida das taxas de juro oficiais nos Estados Unidos desde 2006".
O euro apreciou-se 1,8% face ao dólar desde meados de julho em termos nominais, sem descontar a inflação, precisa o BCE.
Os baixos preços do petróleo e taxa de câmbio do euro levaram o BCE a rever em baixa as estimativas da inflação na zona euro para 0,1% em 2015, 1,1% em 2016 e 1,7% em 2017.
Até 2017 o BCE não conseguirá atingir o objetivo de manter a taxa de inflação em cerca de 2%.
O preço do petróleo Brent caiu desde meados de julho 13% para 60 dólares e em euros desceu 15%, segundo as atas da última reunião.
O economista-chefe do BCE, Peter Praet prevê que a recuperação económica na zona euro continue a um ritmo mais lento do que antecipado anteriormente devido à desaceleração das economias emergentes.
Contudo, o BCE sublinha que ainda é prematuro concluir se a desaceleração das economias emergentes alastraram à produção e à taxa de inflação da zona euro, mas sublinha que os riscos de uma queda se intensificaram.
"Os desvios que enfrentam as economias emergentes pairam sobre as perspetivas globais e é pouco provável que se venham a reduzir rapidamente", segundo o BCE.
"Uns preços de matérias-primas mais baixos do que o esperado, a recente apreciação da taxa de câmbio e um crescimento económico mais baixo do que o estimado aumentaram os riscos negativos para conseguir um ritmo sustentável de inflação de 2%", referem ainda as atas do BCE.
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