Bancários brasileiros iniciam greve por tempo indeterminado
Bancários de todos os Estados brasileiros começaram, terça-feira, uma greve por tempo indeterminado em bancos públicos e privados, reivindicando aumentos salariais.
© Lusa
Economia Contestação
A realização da greve foi decidida em assembleias realizadas após a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) ter pedido um ajustamento salarial de 16% (incluindo a reposição da inflação e o aumento real de 5,7%), e uma base salarial de 3.299,55 reais (761,40 euros), que foram recusados.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entidade patronal, apresentou uma proposta de reajuste de 5,5%, com uma base salarial entre 1.321,26 reais (304,90 euros) e 2.560,23 (590,80 euros), que não foi aceite pelos trabalhadores.
Os bancários também pedem aumento nas ajudas para alimentação e refeição e no décimo terceiro mês, além de melhores condições de trabalho, fim do assédio moral, do 'outsourcing' e das demissões, melhores planos de carreira, auxílio para pagamento de estudos, prevenção de assaltos e sequestros e igualdade de oportunidades e salários para mulheres, negros, homossexuais, transexuais e pessoas com deficiência.
Entre as cidades atingidas pela greve estão São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador da Baía, Belo Horizonte e Brasília, além das outras capitais de Estados e municípios em todas as regiões do país. Alguns bancos mantiveram alguns serviços internos, porém, suspenderam o atendimento ao público.
A categoria dos bancários é representada por cerca de 500 mil trabalhadores. A Febraban orientou os clientes dos bancos a utilizarem os canais alternativos de atendimento, como caixas eletrónicas, 'internet banking', telefone, aplicações no celular e agências dos Correios.
Em 2014, os bancários realizaram uma greve entre 30 de setembro e 6 de outubro, com a reivindicação de 12,5% de aumento salarial - ao final, obtiveram 8,5% de reajuste.
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