Meteorologia

  • 24 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 12º MÁX 24º

FMI piora estimativa de crescimento da zona euro para 1,6% em 2016

O FMI mantém a previsão de crescimento económico da zona euro para 2015, esperando que o PIB do conjunto dos países da moeda única cresça 1,5%, mas piorou ligeiramente a estimativa para 2016, fixando-a em 1,6%.

FMI piora estimativa de crescimento da zona euro para 1,6% em 2016
Notícias ao Minuto

15:13 - 06/10/15 por Lusa

Economia Previsão

Segundo o 'World Economic Outlook' de outubro divulgado hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a economia da zona euro cresça 1,5% este ano, tal como tinha previsto na atualização de julho do mesmo relatório, referente apenas às principais economias mundiais.

Já no que diz respeito ao próximo ano, a instituição liderada por Christine Lagarde espera agora que a economia do conjunto dos 19 países da moeda única cresça 1,6%, menos 0,1 pontos percentuais do que o antecipado há três meses.

"Prevê-se que a recuperação económica da zona euro continue moderada em 2015 e 2016, devido aos preços baixos do petróleo, às medidas de alívio quantitativo e à depreciação do euro", escreve o FMI.

Ao mesmo tempo, acrescenta a instituição sediada em Washington, "o crescimento potencial permanece fraco -- um resultado do legado da crise, mas também da demografia e de um abrandamento da produtividade que antecede a crise".

Entre os 19 países do euro, o FMI destaca o crescimento económico esperado em Espanha (cuja previsão foi revista em alta para 3,1% este ano e para 2,5% no próximo) e em Itália (estimativa que também melhorou, para 0,8% e 1,3%).

Ainda no que diz respeito aos maiores países do euro, o FMI manteve a estimativa para França (com crescimentos de 1,2% e 1,5% nos dois anos), mas reduziu ligeiramente as perspetivas de crescimento na Alemanha, que deverá crescer em torno dos 1,5% em cada ano.

Sobre a Grécia, o Fundo admite que as previsões são "nitidamente mais difíceis" de calcular devido ao "período de incerteza prolongado" desde o início deste ano, mas estima que a economia grega recue 5,4% este ano e que depois recupere, crescendo 3% em 2016. No relatório de abril, o FMI antevia que a contração da economia grega fosse menos expressiva este ano (-2,3%), mas que se mantivesse em 2016 (-1,3%).

O Fundo mostra-se agora menos preocupado com a reação dos mercados à crise grega, considerando que os riscos de contágio diminuíram assim que foi acordado um novo programa com o Mecanismo Europeu de Estabilidade. Ainda assim, admite novas preocupações nos mercados europeus caso "reapareçam incertezas políticas" no país.

Por outro lado, o FMI permanece atento à baixa inflação na zona euro, que estima que seja de 0,2% este ano, uma previsão 0,1 pontos percentuais acima do divulgado em abril. Para 2016, mantém a estimativa de que os preços subam 1%, ainda abaixo do objetivo de médio prazo do Banco Central Europeu (BCE), de uma inflação inferior, mas perto, de 2%.

"Depois de ficar abaixo de zero em dezembro de 2014 e de ter permanecido negativa no primeiro trimestre deste ano, a inflação recuperou no segundo trimestre, refletindo uma recuperação modesta na atividade económica, a reversão parcial nos preços do petróleo e o impacto da depreciação do euro", escrevem os especialistas da instituição.

O FMI antecipa ainda que o desemprego na zona euro atinja os 11% este ano, descendo para 10,5% em 2016, melhorando ligeiramente (em 0,1 pontos percentuais) as estimativas conhecidas em abril.

Por outro lado, o FMI mantém inalteradas as estimativas para o défice do conjunto dos 19 países da zona euro, prevendo que se fixe nos 2% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e que desça para 1,7% do PIB em 2016.

A entidade mantém também a estimativa para a dívida pública, que deverá representar 93,7% do PIB este ano e 92,8% em 2016.

O Fundo reitera algumas das recomendações que tem feito para a zona euro, sublinhando que uma prioridade chave deve ser "garantir uma recuperação mais forte".

Para isso, recomenda que, na frente da política monetária, o BCE "prossiga com os esforços" iniciados com o programa de compra de dívida pública e que estes esforços "devem ser acompanhados por medidas de reforço dos balanços dos bancos, recomendando que, na frente orçamental, os países cumpram os compromissos do Pacto de Estabilidade e Crescimento".

Na vertente orçamental, o FMI sublinha que "os países com margem orçamental, sobretudo a Alemanha e a Holanda, podem fazer mais para encorajar o crescimento" através do "tão necessário investimento em infraestruturas e do apoio às reformas estruturais".

Também os países "sem espaço orçamental" são alvo das recomendações do FMI, que considera que estas economias "devem continuam a reduzir a dívida e cumprir os seus objetivos orçamentais", realçando que "todos os países devem prosseguir com um reequilíbrio orçamental amigo do crescimento".

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório