Perto do final da legislatura, coligação e PS chegaram a acordo para fazer avançar a devolução dos investimentos aos lesados do antigo Grupo Espírito Santo. De acordo com o jornal Sol, os três principais partidos nacionais aceitaram abrir a porta às negociações com os clientes do papel comercial, aumentando a hipótese de uma conclusão favorável.
O acordo poderá envolver o pagamento imediato de uma soma entre os 100 e os 200 mil euros a cada lesado, com o restante a ser devolvido de forma faseada ao longo dos próximos anos. No entanto, os clientes que investiram mais de um milhão de euros poderão ser obrigados a aceitar uma perda parcial, de forma a garantir o reembolso total a cerca de 80% dos afetados.
O maior obstáculo aos pagamentos continua a ser a dúvida quanto à origem das verbas: no caso de Entre-os-Rios, usado como exemplo pelo jornal Sol, o Estado assumiu a culpa e garantiu o reembolso, uma situação que dificilmente se irá repetir no caso Espírito Santo. CMVM, Banco de Portugal e Novo Banco terão por isso de decidir quem se responsabilizará pelos pagamentos, devendo apresentar uma proposta final ao próximo Executivo após as legislativas de domingo.
