A paralisação dos trabalhadores de terra e dos tripulantes de cabine (TCP) - convocada em protesto contra o plano de reestruturação da empresa, que levará a 3.800 despedimentos realiza-se em três blocos de cinco dias: entre 18 e 22 de Fevereiro, entre 4 e 8 de Março, e entre 18 e 22 de Março.
Os pilotos da Iberia somam-se ao protesto a partir do segundo bloco (no dia 4 de Março), mas fontes da empresa antecipam que isso não afectará o número de cancelamentos, que deverá permanecer idêntico ao do primeiro bloco, visto que os serviços mínimos para o protesto estão já determinados.
Entre os voos cancelados contam-se 415 da Iberia, 357 da Air Nostrum e 95 da Iberia Express, a que se somam 351 da Vueling, empresa que formalmente não faz parte do grupo Iberia, mas nas qual a companhia espanhola tem uma participação significativa.
Trata-se, aproximadamente, do cancelamento de cerca de 40 por cento das ligações nacionais e europeias e de 10 por cento das de longo curso.
No bloco de voos cancelados contam-se, duas ligações (ida e volta) diárias entre Madrid e Lisboa, no caso da Iberia e uma ligação (ida e volta) diária na Air Nostrum entre Madrid e Porto.
A Vueling cancelou uma ligação por dia (ida e volta) entre Lisboa e Barcelona, nos dias 18, 20, 21 e 22 de Fevereiro.
Fonte da Iberia confirmou à Lusa que todos os passageiros afectados pela greve foram já recolocados em voos de outras companhias aéreas ou, caso não lhes conviesse essa alternativa, foram reembolsados pelos seus bilhetes.