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Injeção de dólares na banca angolana mantém mínimos semanais

O Banco Nacional de Angola (BNA) manteve praticamente inalterada a injeção de divisas nos bancos comerciais do país na última semana, cerca de 284,4 milhões de dólares (254 milhões de euros), face ao período anterior.

Injeção de dólares na banca angolana mantém mínimos semanais
Notícias ao Minuto

17:02 - 28/09/15 por Lusa

Economia Banco

A informação resulta do relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do BNA, ao qual a Lusa teve hoje acesso, sobre a venda de divisas entre 21 e 25 de setembro, realizada a uma taxa interbancária média de 135,976 kwanzas (89 cêntimos de euro).

Há cerca de um ano, esta mesma taxa rondava os 99 kwanzas por cada dólar norte-americano, o que representa uma desvalorização de 37,3%, reflexo da falta de divisas que o país enfrenta, em função da quebra para metade da cotação do barril de petróleo, que representa mais de 98% das exportações angolanas.

Entre 14 e 16 de setembro (apenas três dias úteis, devido ao feriado do 17 de setembro e à tolerância de ponto concedida pelo Governo), o BNA tinha realizado vendas de divisas aos bancos comerciais no valor de 281,4 milhões de dólares (251,6 milhões de euros), o que então tinha já representado uma quebra de 40 por cento face à anterior.

O volume de divisas injetado na banca comercial continua assim a rondar mínimos (semanais) do ano.

Angola enfrenta uma crise financeira e económica, face à redução de receitas fiscais com o petróleo, e por consequência cambial, devido à redução da entrada de divisas no país, necessárias para garantir as importações de máquinas, matéria-prima e alimentos.

Para tentar retirar pressão de procura aos bancos, o BNA voltou a realizar um leilão de venda de divisas diretamente às casas de câmbio.

Foram distribuídos, a 23 de setembro, um total de 10 milhões de dólares (8,9 milhões de euros) por 41 das 48 casas de câmbio em situação legal, sendo que estas eram antes obrigadas a comprar diretamente aos bancos, que por sua vez alegavam não ter divisas suficientes.

Contudo, mantêm-se as dificuldades no acesso a moeda estrangeira nos bancos, com o mercado paralelo, de rua, a apresentar taxas de câmbio acima dos 220 kwanzas por cada dólar, para compra de moeda estrangeira.

Esta taxa não para de aumentar há várias semanas, conforme constatou a Lusa nas ruas de Luanda, junto deste mercado paralelo.

A situação atual de falta de divisas, em função da procura, continua a dificultar, por exemplo, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.

O banco central anunciou no final de maio que aquela instituição passou a ter "elementos para flexibilizar" a gestão do mercado cambial, nomeadamente através do aumento de dois para três leilões de divisas (vendas aos bancos) semanais, para regularizar o fluxo de divisas.

"A procura [de divisas, na banca comercial] não diminuiu. O problema é que eu, pessoalmente, acredito que nem toda a procura de divisas é legítima. Portanto, quando nós pudermos ter uma procura legítima, de certeza que não vai haver falta de divisas", afirmou a 25 de julho o governador do BNA, José Pedro de Morais Júnior.

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