Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average cedeu 0,48% (78,57 pontos), para as 16.201,32 unidades, e o Nasdaq 0,38% (18,27), para as 4.734,48.
O índice alargado S&P 500 recuou 0,34%, para os 1.932,24 pontos.
Para Peter Cardillo, da Rockwell Global Capital, "no início da sessão, dois fatores pesaram sobre a bolsa, a espera ( do discurso de) Yellen e, bem entendido, a Caterpillar", o construtor de máquinas de construção, que anunciou despedimentos de 9% dos seus trabalhadores, a exemplificar os prejuízos provocados pela queda dos preços das matérias-primas.
A Caterpillar, que é um dos membros do índice Dow Jones, viu a sua cotação cair 6,27% para os 65,80 dólares, intensificando o pessimismo dos investidores, que estão em vias de afinar as suas perspetivas quando se aproxima mais uma época de divulgação de resultados trimestrais de empresas, em outubro.
Em todo o caso, "o facto de o S&P não ter caído abaixo dos 1.900 pontos é um bom sinal", considerou Cardillo.
Durante a sessão, as transações beneficiaram da pequena recuperação das cotações do petróleo, que contudo tinham iniciado o dia em baixa, mas acabaram por beneficiar de uma recuperação, atribuída a motivos técnicos.
Agora, os investidores estão mais do que nunca concentrados na possibilidade de uma próxima subida das taxas de juro pela Reserva Federal, que decidiu na semana passada mantê-las em níveis próximos de zero, invocando inquietações com as perspetivas de crescimento mundial.
"Até agora, para os investidores, o céu estava azul, mas a Fed deve estar a ver nuvens" para não ter subido as taxas, cujo nível atual é esperado que anime a economia, notou Jack Ablin, da BMO Private Bank. Este operador questionou: "O que é que Yellen está a ver não nós não vemos?"
Os analistas da Charles Schwab, citando uma análise da Bloomberg, adiantaram que 43% dos investidores apostam numa subida das taxas diretoras da Fed em dezembro, contra 51% que esperam a subida em janeiro.