Sindicato da PT quer evitar que Altice pague "o mínimo que puder"
Conferência de imprensa do dono da empresa com sede no Luxemburgo não foi bem vista pelos trabalhadores portugueses. Patrick Drahi admitiu que não gosta de "pagar salários".
© Reuters
Economia Comunicação
A Altice continua a comprar empresas, mas é o multimilionário dono do grupo que está a centrar a maior parte das atenções. Durante a conferência de imprensa em que foi anunciada a aquisição da norte-americana Cablevision, na semana passada, Patrick Drahi foi questionado quanto à política de pagamento e a resposta está a dar que falar.
"Eu não gosto de pagar salários. Pago o mínimo que puder", afirmou o empresário francês, mostrando desconforto por existirem "muitas pessoas muito bem pagas" na empresa norte-americana. As declarações foram vistas como um aviso para as restantes empresas recém-adquiridas pela Altice, um grupo que inclui a PT Portugal.
"Há compromissos assumidos pela Altice perante o nosso sindicato e estão escritos", afirma Jorge Felix, representante da organização sindical dos trabalhadores da PT, acrescentando que é "preocupante que o principal dono da Altice, que por sua vez é dona da PT Portugal, tenha esse pensamento".
"Não gostaríamos de entrar em litígio e conflitualidade com a administração", avisou o representante sindical em declarações ao Jornal de Negócios. A Altice tem sido duramente criticada pela política de cortes aplicados em várias empresas, como a francesa SFR. Em Portugal, foram propostos cortes de 30% a vários fornecedores da Portugal Telecom.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com