O Novo Banco quer tornar-se mais aliciante para os possíveis interessados. Por isso mesmo, a administração de Stock da Cunha está a desenhar um plano de reestruturação, com o objetivo de atrair mais compradores durante o próximo concurso de privatização.
A edição de hoje do Diário Económico garante que a liderança do Novo Banco prepara um conjunto de medidas que poderá incluir a redução do número de balcões, a rescisão amigável de contratos, e a venda de ativos considerados não-essenciais, avaliados em cerca de 3,4 milhões de euros.
No comunicado que anunciou o falhanço das negociações e consequente adiamento da venda do banco de transição do BES, o Banco de Portugal esclareceu que a administração atual terá autoridade para desenhar e aplicar "um plano de reforço de fundos próprios que contemple medidas de racionalização e de otimização de capital", abrindo a porta às alterações.
O reajustamento do Novo Banco deverá também ajudar a instituição a ganhar solidez antes dos testes de esforço do BCE, que deverão obrigar a uma recapitalização.
O equilíbrio de capital foi um dos pontos de maior discordância entre Banco de Portugal e os três possíveis compradores do primeiro concurso, com Anbang, Fosun e Apollo a recusarem aumentar o valor oferecido pelo Novo Banco devido aos receios de uma conta 'pesada' após a avaliação do BCE. Uma conta que terá agora de ser paga pelo Fundo de Resolução, com possível ajuda do Estado ou da banca nacional.